Resumo
Apesar da ingestão de carboidrato (CHO) melhorar o desempenho atlético, ainda não foi demonstrado se uma refeição prévia influencia o efeito da suplementação com CHO durante o exercício. Testamos a hipótese de que a magnitude da melhora no desempenho seria maior quando o CHO fosse ingerido em jejum comparado ao estado alimentado. Nove homens realizaram 105 min de ciclismo em carga constante (CC; 50% da diferença entre o primeiro e segundo limiares de lactato) seguido por um teste contrarrelógio de 10 km (TCR). O exercício começou 3h após o dejejum (A) ou após jejum de 15h (J). CHO (8%, 2 ml/kg) ou placebo (PLA) foram ingeridos antes, a cada 15 minutos do CC e aos 5 km do TCR. A glicose plasmática e oxidação de CHO foram elevadas com a ingestão de CHO nos últimos estágios do CC (P<0,05). A PSE foi atenuada (P<0,05) e o desempenho melhorou nas condições CHO (18,5 ± 0,9 e 18,7 ± 1,2 min, para ACHO e JCHO, respectivamente) em comparação com PLA (20,2 ± 2,3 e 21,7 ± 4,2 min, para APLA e JPLA, respectivamente). Estes efeitos foram independentes da refeição prévia. O aumento da disponibilidade de CHO durante o exercício supera os efeitos da redução de CHO devido ao jejum. Ingerir CHO durante o exercício, com duração de cerca de duas horas, melhora o desempenho mesmo após consumir uma refeição rica em CHO.