Efeito da Laserterapia de Baixa Potência na Recuperação de Atletas Antes e Após Protocolo de Fadiga Muscular
Por R. J. T. Serrão (Autor), G. P. Garcia (Autor), N. R. Marques (Autor), A. C. M. Renno (Autor), C. R. Pedroni (Autor).
Resumo
Os exercícios extenuantes estão presentes na rotina dos atletas levando à fadiga muscular, sendo esse um processo que pode causar dor, perda de força, lesões e diminuição do desempenho. Vários recursos têm sido estudados para tentar reduzir os efeitos deletérios da fadiga muscular, entre eles destaca-se a laserterapia de baixa potência (LLLT). Desse modo, o presente estudo tem por objetivo comparar os efeitos da LLLT aplicados sobre o músculo reto femoral antes e após um protocolo de fadiga muscular induzida por exercício físico. Participaram dessa coleta 40 atletas juvenis de futebol que foram, aleatoriamente, distribuídos em 3 grupos: grupo irradiado com laser ativo antes do protocolo de fadiga (n=13); grupo irradiado com laser ativo após o protocolo de fadiga (n=14) e grupo irradiado com laser placebo (n=13). A irradiação do laser terapêutico foi realizada com aplicação pontual de contato, com emissor visível de laser vermelho com faixa do infravermelho (AsGaAl - comprimento de onda 808nm). O laser foi aplicado em oito pontos devidamente distribuídos no ventre do músculo reto femoral do membro dominante. O protocolo de coleta de dados foi realizado em um único dia, sendo realizados os testes na seguinte sequência: contração isométrica voluntária máxima (CIVM) em extensão de joelho, protocolo de fadiga, aplicação do laser e CIVM, para o grupo irradiado pós o protocolo e o grupo placebo; e CIVM em extensão de joelho, aplicação do laser, protocolo de fadiga e CIVM, para o grupo irradiado previamente ao protocolo de fadiga. A análise da fadiga muscular periférica foi realizada por meio da eletromiografia de superfície (SEMG) com os eletrodos posicionados segundo as instruções do SENIAM. Para avaliar o pico de força isométrica dos músculos extensores de joelho, os sujeitos realizaram uma CIVM em extensão de joelho em uma cadeira extensora acoplada a uma célula de carga. O protocolo de fadiga foi constituído da realização do exercício de extensão de joelhos com carga de 75% do pico de força determinado pela célula de carga durante a CIVM. Foram avaliados os valores de frequência mediana e o pico de força pré e pós-protocolo de fadiga. De acordo com a análise realizada por meio do teste ANOVA One-way, não foi encontrada diferença significativa em nenhuma das comparações para os picos de força (p > 0,05). O comportamento da frequência mediana apresentou aumento não significativo na segunda avaliação (p > 0,05) para os grupos irradiados ativamente e seu declínio também não apresentou diferença significativa (p > 0,05). A partir de nossos resultados pode-se concluir que o LLLT não foi capaz de desacelerar o processo de instalação da fadiga independente se aplicado antes ou após o protocolo de fadiga