Efeito da Maturação Biológica Sobre o Ganho de Massa óssea de Jovens Voleibolistas: Corte de 9 Meses
Por R. L. Marco (Autor), R. R. Agostinete (Autor), I. H. Ito (Autor), M. A. Rodrigues Junior (Autor), M. R. dos Santos (Autor), R. A. Fernandes (Autor).
Resumo
Sabe-se que a prática de exercícios físicos, em especifico a prática esportiva é capaz de potencializar o ganho de massa óssea que ocorre durante a infância e juventude, devido ao estresse mecânico causado na matriz óssea nos momentos de impacto durante a prática. Porém, o aspecto maturacional também necessita ser levado em consideração neste complexo processo. Tornando-se necessário a realização de estudos que levem em consideração a maturação biológica no crescimento ósseo de jovens praticantes de modalidade esportivas. Estudo de caráter longitudinal composto por 12 adolescentes com idade entre 12 e 17 anos de ambos os sexos (02 meninos e 10 meninas), pertencentes das equipes de base de voleibol do município de Presidente Prudente, acompanhados por um período de 09 meses. Sendo, adotado como critério de inclusão: (I) Envolvimento prévio mínimo de 06 meses na modalidade. (II) Não estar envolvido em outra modalidade esportiva no período dos últimos 12 meses. Os desfechos analisados referem-se à DMO (densidade mineral óssea [g/cm2]) e CMO (conteúdo mineral ósseo [g]) mensurados através da Absorptiometria de Raios-X de Dupla Energia, em diferentes regiões do corpo: (i) total, (ii) membros inferiores, (iii) membros superiores, (iv) coluna e tronco. A maturação biológica foi estimada pela utilização do pico de velocidade de crescimento. A analise estatística foi composta pela correlação de Sperman's (software BioEstat [versão.5.0] com p-valor <0,05). As relações entre o pico de velocidade de crescimento e o ganho de conteúdo mineral ósseo ganho após os 09 meses de seguimento foram: CMO cabeça (r= -0.385; p-valor= 0,270), CMO braços (r= 0.189; p-valor= 0,557), CMO pernas (r= 0.503. p-valor= 0,095), CMO tronco (r= 0.643; p-valor= 0,024), CMO coluna (r= 399; p-valor= 0,199), CMO costelas (r= 0.476; p-valor= 0,117), CMO corpo inteiro (r= 0.441; p-valor= 0,152) e DMO corpo inteiro (r= 0.147; p-valor= 0,649). Em resumo, a maturação biológica parece influenciar positivamente o ganho de conteúdo mineral ósseo de tronco em atletas de voleibol.