Resumo

Com o aumento do sedentarismo e a diminuição dos níveis de atividade física em crianças e adolescentes na fase escolar, a aptidão física se converteu em motivo de grande interesse para os profissionais na área de saúde. Cientes disto, alguns pesquisadores têm discutido o papel da educação física escolar em relação à prevenção e promoção da saúde no Brasil, preocupação válida, na medida que a escola é considerada como um local primário para a prevenção e promoção da saúde. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi examinar os efeitos de 12 semanas de participação em aulas de Educação Física Escolar sobre os indicadores de crescimento somático, composição corporal e testes neuromotores em crianças. MÉTODOS: Fizeram parte do estudo 23 indivíduos de ambos os sexos (6 a 10 anos). Foram avaliadas variáveis antropométricas (massa corporal, estatura, altura sentada, IMC e RCQ) e de composição corporal (% gordura, massa gorda e massa magra) e os testes neuromotores (força de membros superiores e inferiores, flexibilidade e RML abdominal). A análise de variância (ANOVA two way) e o teste “t” de Student pareado foram utilizados para comparação das variáveis entre os dois momentos do estudo. RESULTADOS: Foram encontradas diferenças significativas entre os diferentes momentos na massa corporal (p < 0,001), IMC ( p < 0,05), RCQ apenas nas meninas (p < 0,05), massa corporal magra (p < 0,001) e RML abdominal (p < 0,01). CONCLUSÃO: Os resultados da participação de 12 semanas em aulas de educação Física Escolar mostraram que a diferenças observadas entre os dois momentos estudados podem estar relacionadas ao efeito do fator tempo e fator grupo.

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