Resumo
Os altos níveis de espécies reativas de oxigênio podem desencadear um desequilíbrio no estado redox capaz de gerar danos oxidativos a macromoléculas. O presente estudo objetivou investigar a influência da suplementação oral com benfotiamina sobre o estresse oxidativo e a atividade antioxidante no músculo de camundongos treinados. Vinte e cinco ratos Balb / c machos foram alocados nos grupos Pad-Sed: dieta padrão e sedentário (n=6); Ben-Sed: suplementação com benfotiamina e sedentário (n=6); Sta-Tr: dieta padrão e treinado (n=6); Ben-Tr: Suplementação com benfotiamina e treinado (n=7). Os camundongos treinados foram submetidos a treinamento de endurance em natação durante 6 semanas, com um teste de exaustão ao final do protocolo de treinamento. A concentração de malondialdeído livre (MDA), proteínas ligadas a malondialdeído (PrMDA) e tióis não proteicos bem como a atividade das enzimas catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) foram analisadas no músculo gastrocnêmio. Não houve diferença no tempo de resistência à exaustão e na concentração de lactato pós-exaustão. A concentração de MDA foi menor no grupo Ben-Tr em relação aos grupos sedentários. A concentração de PrMDA foi maior no grupo Pad-Sed em relação aos demais grupos. Os nívéis de tióis foram maiores no grupo Ben-Sed em relação aos grupos não suplementados. A atividade da CAT foi mais acentuada em ambos os grupos suplementados. A SOD mostrou-se mais eficiente no grupo Ben-Tr que nos grupos não suplementados. Os resultados mostraram que a suplementação de benfotiamina é uma estratégia antioxidante eficiente, capaz de prevenir os danos oxidativos musculares em indivíduos engajados em programas de treinamento em endurance. Em conclusão, a benfotiamina é eficiente em prevenir danos oxidativos musculares e não interfere no desempenho de endurance.