Efeito da Suplementação de β-alanina Sobre a Performance de Corredores de 5km
Por Renata Rebello Mendes (Autor), ísis Emanuelle Lima de Santana (Autor), Joao Henrique Gomes (Autor), Vitor Oliveira Carvalho (Autor), Aylton José Figueira Jr (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: A suplementação de β-alanina parece aumentar a concentração muscular de carnosina, reduzir a acidose metabólica e melhorar o desempenho em exercícios predominantemente anaeróbicos. No entanto, seus efeitos sobre o exercício aeróbio permanecem inconclusivos. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de β-alanina sobre acidose metabólica, performance e composição corporal de corredores de provas de 5 km. METODOLOGIA: Quinze corredores foram aleatoriamente designados para receber β-alanina (ALA = 8; 4.8.gday-1) ou placebo (PLA = 7; maltodextrina, mesma dosagem) durante 4 semanas. A performance foi avaliada antes (PRE) e após a suplementação (POS), por meio de um teste composto por 25 minutos de corrida a 85% da freqüência cardíaca máxima, seguido de corrida até a exaustão, a 110% da velocidade máxima obtida em teste incremental. A acidose metabólica foi avaliada em repouso e após a exaustão, por anion gap urinário, antes e depois da intervenção. A composição corporal foi avaliada por antropometria. ANOVA two-way, seguida do post hoc de Tukey, foi utilizada para calcular as diferenças entre os grupos (ALA x PLA) e entre pré e pós-suplementação (PRE x PÓS). O tamanho do efeito foi calculado para mostrar a magnitude do efeito da suplementação na performance. A correlação de Pearson foi utilizada para avaliar a relação entre tempo de exaustão e acidose metabólica. Os dados foram analisados usando SPSS versão 21.0. O significância adotado foi p <0,05. RESULTADOS: O tempo médio de exaustão foi de 82,5 ± 23,0 e 82,6 ± 18,2 no PRE, e 114,8 ± 34,5 e 92,8 ± 17,0 segundos no POS (ALA e PLA, respectivamente). Em repouso, o anion gap urinário foi positivo em ambos os grupos, no PRE e POS. Após a exaustão, as médias de anion gap no PRE foram -25,3 ± 5,1 e -26,1 ± 3,7, e no POS, 2,6 ± 2,3 e -27,7 ± 4,0 mEq / L (ALA e PLA, respectivamente). O tamanho do efeito da suplementação de β-alanina no desempenho foi de 1,46 (grande) e placebo, 0,56 (pequeno). Houve correlação negativa (-0,62) entre acidose metabólica e tempo de exaustão. Ambos os grupos apresentaram redução similar da massa gorda após a intervenção. CONCLUSÃO: Concluímos que a suplementação de β-alanina aumentou o performance de corredores de rua em teste de exaustão e reduziu a acidose metabólica, sem exercer efeito sobre a composição corporal.