Resumo

Investigar evidências do uso do treinamento de vibração de corpo inteiro (VCI) na função autonômica cardíaca e na funcionalidade em pacientes com doenças crônicas não transmissíveis relacionadas aos sistemas cardiovascular, respiratório e metabólico. Métodos: A busca envolveu as bases de dados Medline/PubMed, Lilacs, PEDro e Scopus. Ensaios clínicos randomizados ou quasi-randomizados foram elegíveis para esta revisão ao comparar grupo de pacientes com condições cardiovasculares, respiratórias ou metabólicas que treinaram com VCI com grupo controle sem intervenção ou outras modalidades de treinamento. Resultados: Doze estudos foram incluídos. Foram realizadas análises de subgrupo considerando o tamanho da amostra e a idade dos participantes. O treinamento VCI melhorou o equilíbrio simpatovagal e provocou redução da pressão arterial sistólica em pacientes com obesidade e hipertensão. Houve tendência ao aumento da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6M) em pacientes com DPOC e redução da frequência cardíaca (FC) em mulheres com sobrepeso ou obesidade e hipertensão após VCI, porém sem diferença entre os grupos. Não foi observada repercussão em pacientes transplantados renais. Conclusão: A VCI pode ser uma modalidade de treinamento alternativa para melhorar a função autonômica cardíaca e a pressão arterial sistólica de pacientes com obesidade e hipertensão, com moderada qualidade de evidência. Por outro lado, sugere-se que estudos maiores sejam realizados para avaliar o efeito da VCI sobre desfechos como distância percorrida no TC6M, FC, VO2máx, pressão arterial diastólica, velocidade da marcha e equilíbrio.

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