Resumo

A contração muscular isocinética, assim como a isométrica balística, tem sido utilizada para determinar o pico de torque (PT) e a taxa de desenvolvimento de torque (TDT), consideradas importantes variáveis neuromusculares. Sessões de familiarização são necessárias para a verificar a estabilidade das medidas em diferentes protocolos de verificar a estabilidade destas medidas. No entanto, ainda não estão claro quantas sessões de familiarização são necessários para estabilizar tais componentes em diferentes idades. O objetivo deste estudo foi determinar o número de sessões de familiarização necessárias para alcançar a estabilidade da medida no PT e TDT a partir da contração isométrica balística e o PT a partir da contração isocinética nas velocidades 60º/s, 180º/s, 240º/s e 300º/s, nas faixas etárias. Sessenta e quatro sujeitos saudáveis participaram de dois protocolos de familiarização: o isométrico balístico, com 31 sujeitos dividos em jovem (idade de 22,75 ± 4,53 anos), meia-idade (idade de 50,45 ± 6,12 anos) e idosos (idade de 67,80 ± 7,28 anos); e o protocolo isocinético com 33 sujeitos dividos em jovens (idade de 21,92 ± 2,57), meia idade (idade de 47,20 ± 5,18 anos) e idosos (idade de 62,08 ± 3,53 anos). Foram realizadas quatro sessões de testes no dinamômetro isocinético separadas por 72h. De acordo com ANOVA, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos e entre as sessões respectivamente (jovens, P = 0,92, P = 0,74; meia idade, P = 0,98, P = 0,99; idoso, P = 0,99, P = 0,69) para o protocolo isométrico balístico. Por outro lado, o protocolo isocinético apresentou uma variabilidade nas sessões de familiarização em relação às velocidades angulares analisadas (60º/s e 240ºs, jovem, P = 0,007 e P = 0,02 e meia idade, P = 0,01 e P = 0,007 e grupo idoso 240º/s e 300ºs, P = 0,02 e P = 0,05). Em conclusão, é possível que o nível de atividade física dos sujeitos e o tipo de protocolo utilizado tenham influenciado nas respostas do presente estudo. Os efeitos emanados do processo de envelhecimento parecem influenciar de forma mais acentuada as respostas do PT em contrações isocinéticas. 

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