Resumo

Scorcine, C. Efeito de 12 semanas de treinamento de força aquático nas capacidades funcionais de pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla. 2020. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano e Reabilitação). Universidade Federal de São Paulo. Introdução: A esclerose múltipla é uma doença autoimune crônica degenerativa, afeta o sistema nervoso central, com a destruição da bainha de mielina e as células de oligodendrócitos. Apesar dos benefícios do treinamento aeróbio um dos potenciais do exercício no ambiente aquático é o treinamento de força, entretanto, a literatura ainda é escassa em relação a aplicação desse tipo de exercício em pessoas acometidas pela esclerose múltipla. Objetivo: Determinar a eficácia de um programa de treinamento de força aquático nas capacidades funcionais, nível de força e fadiga em indivíduos com esclerose múltipla. Métodos: Vinte e nove pacientes com esclerose múltipla se inscreveram no programa. Todos os participantes foram submetidos a uma bateria de testes, incluindo capacidades físicas funcionais, nível de força e níveis de fadiga em dois momentos, a saber, pré e pós-intervenção de 12 semanas. O programa de treinamento incluiu exercícios de força com cargas definidas em forma percentual de repetições estabelecidas após os pacientes realizarem testes de desempenho máximo. As cargas prescritas foram estabelecidas entre 50 - 80% da carga máxima individual, de acordo com a semana de treinamento. Análise Estatística: Após confirmação da normalidade dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk, foi utilizado o teste T de Student para comparação entre os momentos pré e pós- intervenção. O teste de Cohen foi utilizado para avaliar o tamanho de efeito. Resultados: Os voluntários aumentaram significativamente o desempenho em todos os testes e diminuíram o tempo de execução nos testes funcionais realizados entre o período pré e pós treinamento, confirmando que o treinamento de força aquática pode ser uma alternativa não farmacológica como papel coadjuvante no tratamento dessa população. Conclusão: O programa de treinamento de força aquático foi eficiente para melhorar as capacidades funcionais relacionadas a saúde e qualidade de vida de pacientes com esclerose múltipla.

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