Resumo

A obesidade é considerada uma pandemia do século XXI e se tornou um problema de saúde pública mundial. Sabe-se que sua causa é multifatorial e inúmeras são as implicações à saúde. OBJETIVO: Comparar o Índice de Massa Corporal (IMC) e da Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD), pré e pós 16 semanas de intervenção de exercícios físicos em adolescentes escolares obesos. MÉTODOS: O presente estudo caracterizou-se como descritivo e experimental. Participaram do estudo 10 adolescentes de ambos os sexos (50% meninas) com média de idade de 15,50 ± 0,41 anos. Os indivíduos realizaram atividades práticas três vezes na semana, com uma hora de duração. As atividades realizadas foram: musculação, jogos esportivos e exercícios funcionais. A estatura e massa corporal foram aferidas por uma balança (Filizola®) e a PA foi aferida em repouso (G-Tech®). Ao decorrer das sessões de atividade física, os participantes receberam informações de bons hábitos alimentares. A verificação da normalidade dos dados foi feita pelo teste de Shapiro Wilk. Optou-se pelo teste t dependente para comparar os momentos pré e pós 16 semanas. A significância adotada foi de p < 0,05, e as análises foram realizadas com auxílio do software IBM SPSS 20.0. RESULTADOS: A média do IMC foi de 31,98 ± 6,2 kg/m2 no momento pré, e de 31,34 ± 5,86 kg/m2 no pós (p = 0,15). Os níveis de PAS apresentaram uma redução de 134 ± 5,2 mmHg para 124 ± 4,3 mmHg (p = 0,04). Já a PAD de 83,50 ± 5,1 mmHg no pré, reduziu para 78,20 ± 5,2 mmHg no pós (p = 0,13). CONCLUSÃO: Os adolescentes obesos obtiveram melhorias estatisticamente significativas com as intervenções de exercícios físicos apenas na PAS. Dessa forma, percebe-se a necessidade de uma abordagem multidisciplinar com profissionais de diversas áreas da saúde. Assim, espera-se resultar em um êxito maior no resultado final.

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