Efeito de 36 semanas de treinamento resistido sobre a mortalidade por qualquer causa em mulheres com câncer de mama
Por Giovanna A. Chaves Machado (Autor), Alice Aparecida Rodrigues Ferreira Francisco (Autor), Tiago Acauan Dal Molin (Autor), Henrique Mansur (Autor), Otavio Machado (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
O câncer (CA) vem acometendo cada vez mais pessoas ao redor do mundo. Dentre os diferentes tipos de canceres, o CA de mama é o que possui maior incidência a nível mundial, principalmente acima dos 50 anos de idade. Segundo o Instituto nacional do câncer (INCA), o número estimado de casos novos de CA de mama no Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610 casos. Uma das causas mais evidenciadas na literatura para o surgimento do CA são os maus hábitos de vida, tendo como um dos principais fatores o sedentarismo e a obesidade. Por outro lado, a prática regular do exercício físico (EF) tem demonstrado melhora na saúde geral e redução na mortalidade do indivíduo acometido pelo CA. Porém pouco se sabe sobre a dose/ benefício, ou seja, quanto tempo de prática é necessário para observar este benefício, bem como se esta proteção aumenta com o maior tempo de prática do EF. Assim o objetivo do presente estudo foi analisar o efeito de 36 semanas do TR sobre parâmetros indiretamente relacionados à mortalidade em pacientes com CA de mama. Para tanto foram selecionadas 16 mulheres (48.4±8 anos) diagnosticadas com CA de mama, integrantes da Maple Tree Cancer Alliance Brasil. Todas as participantes realizaram o treinamento resistido (TR) por 36 semanas, sendo avaliadas pré e a cada 3 meses de treinamento com o teste de capacidade funcional Timed Up and Go (TUG). Como principal resultado encontramos que o TUG apresentou redução significativa após os primeiras 12 semanas de TR, e significância ainda maior ao final da 36ª semana. Assim, concluímos que a prática de 12 semanas do TR resultou em melhora significativa, aguda e crônica, da capacidade funcional da amostra, e estando o TUG relacionado à menor mortalidade por qualquer causa em mulheres com CA de mama incentivamos a recomendação do TR desde a fase inicial do programa de reabilitação oncológica.