Resumo

Introdução: A manipulação das variáveis no treinamento resistido pode influenciar no desempenho desse tipo de exercício e a repercussão fisiológica desse esforço pode ser representada pela percepção subjetiva de esforço (PSE). O objetivo deste estudo foi analisar a (PSE) e o desempenho em séries múltiplas no supino horizontal em diferentes velocidades de execução do movimento. Métodos: Dez homens (22,70 ± 2,4 anos; 77,85 ± 7,4 kg; 1,76 ± 0,04 cm), foram testados em força dinâmica (1 RM) no supino horizontal (SH) e realizaram protocolo com três séries até a falha concêntrica a 75% RM, nas condições de velocidade de execução: livre (VL); seis (V6), dez (V10) e doze segundos (V12); sem pausa na transição da fase concêntrica para a excêntrica e com igual duração para cada fase. A PSE (escala de OMNI-RES) e o número de repetições máximas (desempenho) foram anotados após cada série e utilizados para análise estática por modelos mistos. Resultados: A PSE foi maior em V12 e V10, sem significância, e crescente ao longo das três séries em todos os grupos, apresentando maior diferença entre a primeira e terceira séries em todos os grupos (p<0.001).  O número de repetições mostrou comportamento inverso, sendo decrescente ao longo das séries nas velocidades estudadas, com maior impacto entre a primeira e terceira série (p<0.0001) em VL e V6, e VL apresentou o maior número de repetições comparadas aos demais grupos nas respectivas séries (p<0.0001), enquanto V10 versus V12 não apresentou diferença nas respectivas séries (p>0.05). Conclusão: Assim, velocidades de execução mais lentas não sofreram decréscimo importante entre suas séries, mas apresentaram menor desempenho e maior percepção de esforço comparada a velocidades moderas. Nestas condições, destaca-se a importância dessa variável para prescrição do exercício de acordo com os objetivos de volume e intensidade.

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