Efeito de Dois Anos de Treinamento com Pesos Sobre Fatores de Risco Para Sindrome da Obesidade Dinaosteosarcopenica em Mulheres Idosas
Por Edilaine Fungari Cavalcante (Autor), Letícia T. Cyrino (Autor), Melissa Antunes (Autor), Crisieli M. Tomeleri (Autor), Hellen C.g. Nabuco (Autor), Fábio A.j. Silva (Autor), João P. Nunes (Autor), Gabriel K Moraes (Autor), Ygor H. Quadros (Autor), Paolo M.c. Fabro (Autor), Paulo Sugihara Junior (Autor), Rodrigo R. Fernandes (Autor), Eliete C. Sisti (Autor), Edilson Serpeloni Cyrino (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O processo de envelhecimento está associado as modificações deletérias em componentes da composição corporal (aumento da gordura corporal, redução da massa muscular e densidade mineral óssea) e redução da força muscular. A combinação de todas essas mudanças tem recebido a denominação de síndrome da obesidade dinaosteosarcopenica, um fenômeno que guarda estreita relação com risco à saúde e redução da qualidade de vida. Por outro lado, a prática regular de treinamento com pesos (TP) pode atenuar e/ou reverter esse quadro. Objetivo: Analisar o efeito de dois anos de TP sobre fatores de risco de síndrome da obesidade dinaosteosarcopenica em mulheres idosas. Métodos: Sessenta e uma mulheres idosas (70,8 ± 5,9 anos; 27,8 ± 4,9 kg/m2) e fisicamente independentes foram acompanhadas por dois anos com a prática supervisionada de TP progressivo. O programa de TP composto por oito exercícios para os diferentes grupamentos musculares (tronco, membros superiores e inferiores) foi padronizado, com reestruturação periódica das principais variáveis de treino (frequência, séries, repetições, ordem de execução dos exercícios e sistemas de treinamento) ao longo do período experimental. Todas as participantes foram avaliadas nos momentos pré treinamento, ao final de um e dois anos de TP. A composição corporal foi determinada por densitometria radiológica de dupla energia (DXA), ao passo que a força muscular foi estimada por testes de 1-RM nos exercícios supino vertical, cadeira extensora e rosca scott. A modificação de cada variável foi padronizada pelo escore-Z (= valor observado - média da amostra / desvio padrão da amostra). O somatório do escore-z de força muscular, massa muscular, gordura corporal e densidade mineral óssea foi utilizado para fazer comparações entre os momentos. Resultados: A Figura abaixo apresenta o escore-Z dos fatores de risco para síndrome da obesidade dinaosteosarcopenica, nos momentos pré treinamento (M1) e ao final de um (M2) e dois anos (M3) de prática de TP. Conclusão: Os resultados sugerem que a prática do TP por períodos prolongados de tempo parece ser uma estratégia efetiva para reduzir o risco de desenvolvimento de síndrome da obesidade dinaosteosarcopenia, em mulheres idosas.