Efeito de Dois Anos de Treinamento com Pesos Sobre Indicadores de Composição Corporal em Mulheres Idosas
Por Gabriel Kunevaliki de Moraes (Autor), Letícia Trindade Cyrino (Autor), Paolo Marcello da Cunha Fabro (Autor), Hellen Clair Garcez Nabuco (Autor), Paulo Sugihara Junior (Autor), Rodrigo dos Reis Fernandes (Autor), Edilaine Fungari Cavalcante (Autor), Ygor Henrique Quadros (Autor), João Pedro Alves Nunes (Autor), Fábio José Antônio da Silva (Autor), Melissa Antunes (Autor), Edilson Serpeloni Cyrino (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O envelhecimento é um processo natural caracterizado por mudanças fisiológicas, metabólicas, neuromotores, morfológicos e comportamentais. Muitas dessas mudanças podem ser atenuadas ou até mesmo revertidas pela prática do treinamento com pesos (TP). Objetivo: Analisar o efeito de dois anos de prática de TP sobre indicadores de composição corporal em mulheres idosas. Métodos: Sessenta e uma mulheres idosas (≥ 60 anos), fisicamente independentes, foram acompanhadas ao longo de dois anos de prática regular de TP. Absortometria radiológica de dupla energia (DXA) foi utilizada para a determinação de componentes da composição corporal. As variáveis massa isenta de gordura e osso (MIGO), gordura corporal total (GCT) e densidade mineral óssea (DMO) foram analisadas na linha de base, após um e dois anos de intervenção. Os protocolos de TP foram progressivos e compostos por oito exercícios para os diferentes segmentos corporais, a saber: supino vertical, leg press horizontal, remada articulada, cadeira extensora, rosca scott, mesa flexora, tríceps no pulley e panturrilha sentada, com manipulação periódica no número de séries (uma a três), repetições (5-15), frequência semanal (duas a três sessões), ordem de execução dos exercícios (grandes para os pequenos grupos musculares, pequenos para os grandes grupos musculares ou alternada por segmento) e sistemas de treinamento (tradicional e piramidal crescente). Resultados: Aumentos estatisticamente significantes foram encontrados ao longo do tempo (*= P < 0,05) na MIGO e na DMO, bem como redução na GCT (*= P < 0,05), conforme ilustrado na figura. Conclusão: Os resultados sugerem que a prática prolongada de TP pode melhorar a MIGO, GCT e DMO em mulheres idosas, revertendo mudanças deletérias provocadas pelo processo de envelhecimento.