Resumo


Considerando o impacto negativo que a inatividade física pode trazer para a população, o Sistema Único de Saúde torna-se responsável por melhorar os determinantes da saúde da população. O objetivo do estudo foi comparar o efeito de duas intervenções com diferentes volumes de exercícios físicos na aptidão física de mulheres usuárias da Atenção Primária de Saúde, no período de 12 meses. O estudo apresenta delineamento quase-experimental e longitudinal. Participaram do estudo 50 mulheres (G1= 25 e G2= 25). A intervenção 1 (G1) foi realizada 2x por semana com duração de 60 minutos por sessão e a intervenção 2 (G2) foi realizada 3x por semana com duração de 90 minutos por sessão, ambas com exercícios físicos combinados. Para avaliação da aptidão física foi utilizada a bateria de testes da AHHPERD. As variáveis de aptidão física foram analisadas pelo teste Anova de Variância Mista, sendo realizado as comparações post-hoc pelo teste de Bonferroni. A análise estatística não evidenciou interação (tempo x grupo) e diferença significativa entre grupo. A análise apontou diferenças significativas para o efeito do tempo no G1 em todas as variáveis de aptidão física nas comparações pré e 12 meses, e nas comparações pré e 6 meses, exceto para força. Para o G2, os principais resultados foram nas comparações pré e 12 meses, para todas as variáveis, exceto flexibilidade. Os ganhos mais evidenciados foram nas variáveis flexibilidade e resistência aeróbia para o G1 e na força para o G2. Conclui-se que ambas as intervenções apresentaram resultados positivos no efeito tempo, principalmente nas comparações pré e 12 meses. Não houve efeito de intervenção, evidenciando que independente do volume de exercício físico, para esse tipo de intervenção aplicado no contexto da Atenção Primária à Saúde, ambas intervenções promovem ganhos na aptidão física dos participantes.
 

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