Resumo

Resumo: Objetivo: Avaliar o efeito de oito semanas de monitoramento das cargas de treinamento em JCRs sobre as capacidades físico-motoras em futebolistas, e comparar as respostas adaptativas do treinamento a um grupo controle. Métodos: Foram selecionados 20 atletas de futebol com idade média de 18,6 ± 1,0 anos pertencentes ao Londrina Esporte Clube. Os atletas foram divididos em dois grupos: 10 atletas do grupo experimental - GE (participaram das sessões em JCRs) e 10 atletas do grupo controle - GC (não participaram dos JCRs), todavia, ambos os grupos participaram ao longo das oito semanas das três baterias de testes físico-motores, sendo a primeira bateria antecedendo o experimento, a segunda bateria após três semanas e a terceira e última bateria após a oitava semana de experimento. A avaliação da composição corporal foi realizada por pletismografia. O estado de recuperação foi verificado através do questionário de escala de qualidade total de recuperação (TQR). A carga interna de treinamento foi aferida através do software Firstbeat e pelo método da PSE. A quantificação da carga externa foi realizada por meio da análise cinemática de dispositivos de GPS. Os JCRs foram realizados na configuração 5 vs 5 + gol (50 × 44m = 2200m2 / 183m2 por jogador). A agilidade foi avaliada a partir do teste do quadrado. Para verificar a potência anaeróbia foi realizado o RAST test. Para avaliar a potência aeróbia foi utilizado o Yo-Yo IR1. Para análise dos dados, foi realizado o teste de normalidade de Shapiro Wilk, e para a análise do monitoramento das cargas nos JCRs foi realizado o agrupamento das 12 sessões de JCRs em quatro grupos (A, B, C, D) e utilizada a ANOVA one way e o Effect Size. Para a análise das três avaliações na bateria de testes físico-motores intra e intergrupos, foi utilizada a ANOVA two way, com nível de significância adotado em p<0,05. Resultados: Foi observado um melhor desempenho no agrupamento de sessões B quanto à velocidade (p= 0,018; TDE -0,68) e distâncias percorridas na corrida (p= 0,003; TDE -0,79), corrida em alta intensidade (p<0,001; TDE -1,15), corrida em muito alta intensidade (p<0,001; TDE -1,15), aceleração máxima (p= 0,005; TDE -0,79), velocidade média (p= 0,029; TDE -0,64) e máxima (p= 0,005; TDE -0,79) quando comparado ao agrupamento C, indicando possível contribuição destes indicadores nos resultados dos testes físico-motores logo na segunda avaliação. Houve diferença significativa na agilidade da primeira para a segunda avaliação (p= 0,007), e um melhor desempenho no RAST test quanto à potência mínima, média e máxima no decorrer das avaliações para o GE (p<0,05). Assim como um melhor desempenho no Yo-Yo IR1 no decorrer das avaliações para o GE (p<0,001). Não houve diferenças significativas entre o GE e GC, em nenhuma das variáveis estudadas. Conclusão: Conclui-se que a hipótese experimental do presente estudo foi confirmada apenas na comparação intra-grupo quanto aos sujeitos que participaram das sessões de JCRs na análise dos resultados dos testes físico-motores para todas as variáveis.

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