Resumo

Ainda há controvérsias sobre a real influência do alongamento sobre a força e potência muscular, principalmente tratando-se de adolescentes. O objetivo do estudo foi verificar por meio do teste em dinamômetro isocinético, os efeitos de séries de alongamento sobre a força e potência muscular, dos extensores e flexores de joelho do membro inferior dominante. O estudo foi realizado com 11 adolescentes do sexo masculino (14,36±1,36 anos) sem experiência em treinamento com pesos. Foi realizado avaliações antropométricas de peso, estatura, IMC, dobras cutâneas e avaliação maturacional com utilização de placa de Tanner. Os participantes foram submetidos ao teste de força e potência muscular (60 e 300°/segundo, respectivamente), no dinamômetro isocinético. Na primeira visita, antes do teste os voluntários realizaram apenas um aquecimento em uma bicicleta ergométrica. Na segunda visita os participantes realizaram um protocolo de alongamento estático, composto por três séries de 40 segundos, com intervalo de 30 segundos entre as séries para cada grupo muscular envolvido. As variáveis analisadas foram pico de torque (Nm) e trabalho total (J). Foi verificada diferença significativa em apenas uma das variáveis analisadas, o pico de torque (Nm) na flexão de joelho a 60°/segundo (p=0,001), sendo maior, o valor encontrado para a condição com alongamento. Em relação ao trabalho total (J) na extensão e flexão do joelho, não foi verificada diferença significativa em nenhuma das variáveis analisadas quando comparadas as condições sem e com alongamento (p>0,05). Dessa forma conclui-se, que para adolescentes do sexo masculino a realização de alongamento possivelmente não influencia no desempenho da força e potência muscular.

REFERÊNCIAS

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