Efeito de sessão de extensão de joelho sobre a reatância predita por bioimpedância em membro ativo e não ativo
Por Leonardo Quesadas Gomes (Autor), Giovanni Henrique Quizzini (Autor), Vitor Cabrera Batista (Autor), Karina Marcela Morro Pozo (Autor), Luís Alberto Gobbo (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A avaliação da impedância bioelétrica localizada (L-BIA) em músculos ou grupos musculares específicos em programas de treinamento resistidos com a finalidade de se verificar a intensidade do treinamento vem sendo sugerida já há algum tempo, especialmente com a análise da variável reatância (Xc), tendo em vista o fato de ela estar diretamente associada à integridade de membrana celular. Entretanto, estudos que comprovem a validade do método ainda são necessários, e uma das propostas de se verificar os efeitos agudos de uma sessão de treino sobre um determinado grupo muscular de um membro (superior ou inferior) é utilizar o membro não ativo como controle. OBJETIVO: Analisar o efeito de sessão de treino de extensão de joelho sobre a variável reatância dos membros inferiores ativos e não ativos na execução do movimento. MÉTODOS: Quinze jovens adultos universitários (24,4 ± 3,7 anos) foram submetidos à sessão de treino de extensão de joelho direito (5 séries até a fadiga com 80% de 1RM), com avaliação de L-BIA (equipamento tetrapolar com frequência de 50kHz) nas coxas direita e esquerda, nos momentos pré-teste e 15 minutos pós-teste. Eletrodos foram posicionados na borda superior da patela e na linha inguinal das coxas direita e esquerda. Valores de Xc foram obtidos nas duas coxas antes e depois da execução do exercício (apenas com a coxa direita). A variação percentual entre os valores nos momentos 15 minutos e pré-teste foi calculado para ambas as avaliações das coxas, e teste t pareado foi realizado, com nível de significância estabelecido em 5%. RESULTADOS: Os valores médios de Xc nos momentos pré e pós para a coxa direita (ativa) e esquerda (não ativa) foram, respectivamente (valores expressos em ohms): 9,20±3,97 e 6,27±1,58; 9,47±1,84 e 10,73±2,21. A variação percentual da Xc para a coxa ativa foi de -60,41% ± 94,75%, significantemente maior (p<0,05) à variação percentual da Xc da coxa não ativa (+13,40%). CONCLUSÃO: Uma sessão de extensão de joelho a 80% de 1RM proporcionou maior alteração na variável reatância da coxa ativa no exercício, com redução significante comparada à coxa não ativa, indicando provável danos às membranas das células musculares ativadas.