Resumo

Introdução: Sabe-se que o processo de envelhecimento leva a alterações que impactam sobre a qualidade de vida, somado a isto, o sedentarismo presente nesta população pode levar ao aumento de transtorno de humor, neste sentido, inúmeras estratégias para minimizar o impacto dessas alterações sobre a saúde dos idosos tem sido estabelecidas, entre elas, a prática da dança. Objetivo: Investigar a influência de um programa sistematizado de dança na ansiedade e na qualidade de vida de idosas. Materiais e Métodos: Participaram deste estudo, 14 idosas com média de idade de 69,14 ± 4,15 anos, peso de 71,36 ± 11,54 kg , estatura de 1,62 ± 0,06 m, IMC de 26,18 ± 3,74 kg/m2 e ansiedade Traço de 34,07± 6,37 escore. As voluntárias foram submetidas a um programa de dança com duração total de 8 semanas consecutivas. As intervenções foram realizadas no período vespertino 1x/semana com a duração de 50 minutos. Para controle da intensidade foi aplicado à escala de Borg imediatamente após cada intervenção de dança. O programa foi organizado utilizando os princípios do treinamento desportivo contendo em cada sessão: aquecimento, parte principal e volta à calma. As atividades foram compostas por exercícios de flexão, extensão, adução e abdução de membros inferiores e superiores com movimentos em linha reta, para frente, para traz, lateral e diagonal, a fim de, trabalhar ritmo, coordenação motora, flexibilidade, equilíbrio e resistência aeróbia das voluntárias. Antes do inicio da intervenção e imediatamente após o término da mesma, as voluntárias responderam a um questionário que avaliou a ansiedade traço-estado (Inventário de Ansiedade Traço-Estado – Spielberger et al., 1970) e o SF-36- Pesquisa em Saúde – Questionário Genérico de Avaliação da Qualidade de Vida (Ciconelli et al., 1997). Os dados foram comparados utilizando o Test T de Student e o nível de significância adotado foi de p<0,05. O estudo foi aprovado pelo comite de ética da Unifesp (1378/2016). Resultados: Após o período de intervenção houve redução dos escores de ansiedade estado (31,43 ± 7,38 versus 27,00 ± 6,74; P=0,008), e aumento na dimensão Saúde Mental avaliados pelo SF-36 (78,29 ± 16,58 versus 86,29 ± 13,92; P=0,03). Nas outras análises não foram observadas diferenças significativas, sugerindo que o programa de dança utilizado foi capaz de melhorar a ansiedade e qualidade de vida, mantendo as outras funções. Conclusão: Um programa de dança sistematizado de 8 semanas consecutivas, foi suficiente para melhorar a ansiedade estado e a qualidade de vida de idosas.

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