Resumo
Introdução: O treinamento de força em ambiente aquático tem sido recomendado para compensar a perda da força em indivíduos mais velhos, assim como o método de restrição de fluxo sanguíneo também tem emergido como alternativa capaz de diminuir estes efeitos deletérios do envelhecimento. Objetivo: Analisar o efeito do treinamento de força (TF) com restrição de fluxo sanguíneo (RFS) em ambiente aquático sobre a força dinâmica máxima (1RM) e capacidade funcional em mulheres de meia idade. Métodos: Vinte oito mulheres (54,10 + 4,14 anos; 61,45 + 9,46 kg; 1,53 + 1,73 m) foram submetidas a um programa de TF em ambiente aquático de oito semanas, sendo designado em grupos que realizaram exercícios de força de membros inferiores com e sem RFS [Treinamento de Força Aquático (TFA) e Treinamento de Força Aquático com Restrição de Fluxo Sanguíneo (TFARFS)] e um grupo controle. Testes de (1RM) e de capacidade funcional foram aplicados antes e após o protocolo de treinamento. Utilizou-se uma ANOVA (one way) para testar a magnitude das diferenças entre os grupos e a condição baseline. Uma ANOVA de medidas repetidas (Two way) foi executada para identificar diferenças e interações entre grupo, tempo e tempo x grupo, com teste de post hoc Bonferroni e nível de significância 0,05. Resultados: A 1RM aumentou significativamente somente no grupo TFARFS (% = 6,93; p = 0,011) e diminuiu significativamente no GC (% = -8,60; p < 0,001). A capacidade funcional foi melhorada significativamente apenas em dois testes Levantar e sentar da Cadeira (LSC) e Time up and go (TUGT) nos grupos TFA e TFARFS (p = 0,001). Conclusão: Tanto o TFARFS como o TFA melhoram a força 1RM de extensores de joelhos e a capacidade funcional nos testes de força de membros inferiores (LSC). Palavras-Chave: Envelhecimento, exercício, treinamento de resistência, aptidão física