Resumo

Pessoas que vivem com HIV (PLH), que utilizam terapia antirretroviral (TARV), estão mais suscetíveis a alterações no perfil inflamatório e ao estresse oxidativo, e as mulheres têm maior acesso à TARV. Embora o exercício físico seja uma estratégia complementar ao tratamento devido aos seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, não está claro se as respostas agudas ao exercício podem ser prejudiciais à PLH. O objetivo do estudo foi investigar o efeito agudo do exercício resistido (ER) sobre marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo em PLH. Dez mulheres, em uso de TARV, realizaram sessão de ER composta por sete exercícios para corpo todo. Para avaliação bioquímica, foram coletadas amostras de sangue antes (pré), 1 hora (1h) e 2 horas (2h) após a sessão de ER. ANOVA unidirecional seguida pelo teste post hoc de Bonferroni foi utilizada para comparar os resultados entre os momentos. Houve aumento apenas nos marcadores, GSSG de 160% (pré: 0,40 ± 0,11; 1h: 1,18 ± 0,36; 2h: 1,04 ± 0,25 mmol/g), TNF-α de 98% (pré: 4,60 ± 0,55; 1h: 6,95 ± 0,77; 2h: 9,10 ± 1,03 pg/ml) e 52% de IL-6 (pré: 2,47 ± 0,67; 1h: 3,63 ± 1,26; 2h: 5,38 ± 2,15 pg/ml). As demais variáveis ​​permaneceram inalteradas (P > 0,05). Conclui-se que uma sessão de ER aumentou os níveis de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo em PLH de forma não exacerbada.

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