Resumo

Introdução: O músculo esquelético tem um extraordinário potencial adaptativo,
pois, apresenta uma morfologia dinâmica e precisa para sua função, tendo sua
expressão fenotípica determinada pelo controle gênico, sofrendo interferência direta
de fatores neurais, endócrinos e externos como o exercício. O exercício e a ação
hormonal tem importante papel no aumento da força muscular e melhora na
performance, com a possibilidade também do aumento na massa muscular. Estes
estímulos influenciam na transição fenotípica, promovendo a mudança no tipo de
fibra ao alterar suas propriedades histoquímicas. O uso de esteróides sintéticos como
ao Decanoato de Nandrolona resulta em um significativo aumento na síntese protéica
demonstrando possível efeito hipertrófico sobre as fibras. As Fibras podem
classificadas por métodos histoquímicos, através da atividade da ATPase, baseada
no perfil da Cadeia de Miosina Pesada (MHC) e seus complementos Isoformas,
existindo assim as fibras puras, tipos I, IIA, IID/x e IIB formadas por MHC simples
e as fibras hìbridas, tipos IC, IIC, IIAC, IIAD, IIDA, IIDx, IIBD e IIDB, formadas
pela expressão de duas ou mais isoformas da MHC. Metodologia: Utilizamos 38
ratos Wistar, machos, divididos aleatóriamente em sete grupos, sendo um controle
que recebeu injeções de propilenoglicol e os demais receberam diferentes doses de
Nandrolona, respectivamente, 0,1mg/kg, 2 mg/kg, 5 mg/kg, 10 mg/kg, 20 mg/kg.
Todos foram submetidos a treinamento de força, realizados em meio liquido, que
consistiu de 35 sessões de saltos, 5 dias por semana, sendo quatro sessões de 10
saltos com intervalos de 30 segundos, a sobrecarga de peso variou de acordo com o
peso corporal do animal. Ao final do treinamento os animais foram decaptados,
sendo retirado o músculo extensor longo dos dedos (EDL), foram feitos cortes
transversais do músculo com espessura de 12µ. Após cada corte foi realizada análise
histoquímica. Para determinar o tipo de fibra foi realizada análise histoquímica de
Trifosfato de Adenosina Miofibrilar (mATPase), em incubações com pH de 4.30,
4.55 e 10.60. Resultados: Observamos que após 8 semanas de treinamento de
treinamento associado a uso de Decanoato de Nandrolona , houve aumento no
percentual de fibras do tipo IIB e IID, em todos os grupos analisados. Conclusão:
Exercício de resistência associado a hormônio esteróide anabolizante, induziu
mudanças no perfil fenotípico da fibra muscular.

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