Efeito de Diferentes Frequências Semanais de Treinamento Sobre Parâmetros de Estresse Oxidativo.
Por Camila Baumer Tromm (Autor), Guilherme Laurentina da Rosa (Autor), Karoliny Bom (Autor), Izadora Mariano (Autor), Bruna Pozzi (Autor), Talita Tuon (Autor), Luciano Acordi da Silva (Autor), Ricardo Aurino Pinho (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 14, n 1, 2012. Da página 52 a -
Resumo
Durante a contração muscular intensa induzida pelo exercício físico, há aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, ocasionando estresse oxidativo em diversos órgãos, dentre eles o fígado e o coração. O treinamento físico pode aumentar as defesas antioxidantes e diminuir o estresse oxidativo. Contudo, ainda existem dúvidas sobre a frequência de treinamento necessária para melhorar parâmetros de estresse oxidativo. Este trabalho tem como objetivo verificar o efeito das frequências de duas e três vezes de exercício por semana sobre biomarcadores de estresse oxidativo no fígado e coração. Foram utilizados 18 camundongos machos (CF1), jovens (30 a 35g) divididos em grupos (n=6/grupo): não treinado (NT); treinado duas vezes por semana (T2) e treinado três vezes por semana (T3). Os animais foram submetidos ao treinamento durante oito semanas. Quarenta e oito horas após a última sessão os animais foram sacrificados. O fígado e o coração foram removidos e armazenados em freezer – 70ºC. Foram analisadas as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, carbonilação de proteínas, conteúdo total de tióis, atividades da superóxido dismutase , catalase e glutationa peroxidase. Os resultados demonstraram que apenas o grupo T3 reduziu dano oxidativo. Ademais, houve aumento no conteúdo total de tióis, atividades da superóxido dismutase e catalase no mesmo grupo em comparação com o não treinado. A atividade da glutationa peroxidase não apresentou diferença significativa entre os grupos. Este estudo demonstrou que somente a frequência de treinamento de três vezes por semana reduz dano oxidativo e aumenta a eficiência do sistema enzimático antioxidante de camundongos.