Resumo

A frequência das sessões de um programa de treinamento com pesos (TP) pode ter um impacto vital na qualidade dos exercícios executados bem como nas alterações da força muscular máxima e composição corporal. Entretanto, poucas são as informações documentando a influência específica de diferentes frequências de TP e equivalente volume de treino na população idosa. Objetivo: Identificar o efeito de diferentes frequências de TP e equivalente volume de treino sobre a força muscular máxima e composição corporal em mulheres idosas. Métodos: Setenta e uma mulheres idosas (65±5 anos; 61,7±8,3 kg; 1,56±0,06 m) foram divididas em três grupos: G3x (n=24), que foram submetidas a um programa de TP três vezes na semana com execução de duas séries em cada exercício; G2x (n=23), que foram submetidas a um programa de TP duas vezes na semana com execução de três séries em cada exercício; e CON (n=24), que por sua vez foram submetidas a um programa de exercícios de alongamento. Todo o experimento teve duração de 12 semanas. O desempenho motor em testes de uma repetição máxima (1-RM) nos exercícios supino em banco vertical (SUP), mesa extensora de joelhos (EXT) e rosca bíceps no banco Scott (RB) foram utilizados como indicadores de força muscular máxima. A composição corporal foi avaliada por meio da absortometria radiológica de dupla energia, fornecendo informações sobre a gordura corporal relativa (%G), massa livre de gordura (MLG), massa muscular (MM) e conteúdo mineral ósseo (CMO). Para análise da água corporal total (ACT) foi utilizada a técnica de bioimpedância. Análise de Variância de dois fatores (ANOVA two-way) para medidas repetidas e Análise de Covariância (ANCOVA) sendo utilizada a medida inicial como covariável foi utilizada para as comparações entre a força muscular máxima e a composição corporal dos grupos treinamento e controle ao longo do tempo. O Teste Post Hoc de Tukey foi empregado para a identificação das diferenças específicas nas variáveis em que os valores de F encontrados foram superiores aos do critério de significância estatística estabelecida (p<0,05). Resultados: Os componentes da composição corporal sofreram alterações após o período experimental. Diferença significante entre as mudanças percentuais foram observadas no G3x (-2,5%) para o %G e no G2x (+2,5%) para a MM, o mesmo não ocorrendo no grupo CON para o %G (-0,7%) e MM (-2,2%). Do momento pré para o pós-experimento foram encontradas mudanças significativas para a MLG em ambos os grupos de TP (+1,7%). Não foram identificadas alterações significantes para a ACT durante o período de estudo. No teste de 1-RM foram obtidos aumentos significantes na condição do pré para o pós-experimento nos exercícios de SUP (G2x=+11% e G3x=+10%), EXT (G2x=+13% e G3x=+13%) e força muscular total (G2x=+10% e G3x=+11%). Para o grupo CON, nenhuma alteração significativa foi encontrada na força muscular máxima. Conclusão: Diante dos resultados analisados, a realização de duas sessões semanais de TP mostrou-se mais efetiva para os grupos de idosas estudadas quando analisado a força máxima e massa muscular, entretanto para a gordura corporal o grupo que realizou três sessões semanais de TP foi mais efetivo. 

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