Resumo

Introdução: As pessoas com deficiências (PCD) física enfrentam diversas barreiras no acesso a serviços de saúde, educação, emprego, transporte, acessibilidade e informação, sendo que a prática esportiva contribui para a melhora da qualidade de vida dessa população. Objetivo: Avaliar o efeito da frequência do treino do basquete em cadeira de rodas (BCR) sobre o desempenho físico e a qualidade de vida das (PCD) física. Materias e métodos: Estudo experimental longitudinal com seguimento de 12 meses de treinamento de BCR para PCD. Nestas PCDs física foi feito primeiro sorteio aleatório simples que residiam no perímetro urbano da baixada de Cuiabá-MT, com amostra (n=100) do sexo masculino selecionados 50 participantes para dois braços de pesquisa. Depois foi realizado outro sorteio denominado de estratificado (que considerou o fator etiológico da lesão) e pareado (que considerou o nível e sequela da lesão) para equiparar a funcionalidade dos participantes, foram alocados (n=48) sendo no grupo de intervenção de BCR (GBCR; n=21) e grupo controle (GC; n=27). Foram utilizados o Quality of Life instrument for People with Intellectual and Physical Disabilities (DISQOL) e os teste antropométricos, feito a semiologia médica, coletados dados em formulário padronizados sobre estilo de vida, hábitos de higiene e de saúde. O grupo intervenção realizou 2 horas de treino, por duas vezes semana durante 12 meses, nas técnicas de alongamento, flexibilidade, aquecimento e fundamentos táticos e técnicos básicos do esporte BCR. O grupo controle não realizou a intervenção do BCR, e foi utilizado para comparar o efeito sob a qualidade de vida dos PCD física. Os dados foram analisados quanto a sua distribuição pelo teste Shapiro-Wilk, pelo teste T pareado, e não pareado, e análise multivariada fatorial, com valor de significância de p˂0,05 e intervalo de confiança (IC) em 95%. Resultados: Foram encontradas melhora nas variáveis pré e pós intragrupos do GBCR de altura (p=0,000), força muscular direita e esquerda (p=0,000 e 0,003), aumento da massa muscular esquelética (p= 0,000), redução da massa gorda (p=0,003), e percentual de gordura, (p=0,000), aumento da taxa metabólica basal (p=0,000), e no teste funcional da IWBF (p=0,05). Ainda houve melhora no pré e pós intragrupos referente a melhora do GC na força muscular direita e esquerda (p=0,01 e 0,002), aumento da massa muscular esquelética (p=0,042) , aumento taxa metabólica basal (p=0,022), e somente a variável de discriminação (p=0,023) aumentou na QV. Não houve diferença na comparação de intergrupos. Conclusão: O fato de ambos os grupos terem melhorado, demonstra que a conduta profissional é fundamental para melhora de saúde desta população. Em relação ao escores da QV, ambos os grupos apresentaram a subescala discriminação aumentada e que se é necessária a adesão de mais de de 60% na frequência da prática desportiva para que seja efetiva na melhora da qualidade de vida de PCD. Programas dessa natureza auxiliam na melhora da saúde de PCD e devem ser fomentados pelo poder público.

Acessar