Efeito do Componente Aeróbico no Treinamento Combinado Sobre a Pressão Arterial de Idosas Hipertensas.
Por Magno Petrônio Galvão Leandro (Autor), José Luiz Silva de Moura (Autor), Gustavo Willames Pimentel Barros (Autor), Adilson Pereira da Silva Filho (Autor), Aline Cavalcante de Oliveira Farias (Autor), Paulo Roberto Cavalcanti Carvalho (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 6, 2019.
Resumo
Introdução
O treinamento aeróbico (TA), de força (TF) e combinado (TC) já são bem conhecidos como método de tratamento e controle da hipertensão arterial (HA), levando a alterações positivas na redução da pressão arterial (PA), fenômeno denominado hipotensão pós-exercício (HPE). Porém, persistem dúvidas quanto à ordem do treinamento combinado para promoção da HPE.
Objetivo
Verificar o efeito da ordem do componente aeróbico no treinamento combinado na HPE em idosas hipertensas.
Métodos
Ensaio clínico randomizado composto por 24 idosas hipertensas, distribuídas em três grupos de treinamento: Grupo 1 – Treinamento Aeróbico + Força (TA+TF), Grupo 2 – Treinamento de Força + Aeróbico (TF+TA) e Grupo 3 – Treinamento Aeróbico + Força + Aeróbico (TA+TF+TA). As participantes foram submetidas ao TA com intensidade de 60% da frequência cardíaca de reserva durante 30 minutos e ao TF com quatro exercícios, em três séries de 12 repetições, a 60% de uma repetição máxima (1RM) também de 30 minutos. Os treinamentos foram realizados ao longo de 24 sessões (três vezes por semana), sendo aferidas a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em todos os grupos, nos períodos antes e após cada sessão, e calculada a PA média (PAM).
Resultados
As variáveis analisadas não diferiram significativamente entre os grupos, nem no período pré-, nem no pós-treino. A PAM apresentou redução significativa apenas no G1. Porém, o G3 teve efeito maior sobre todas as variáveis analisadas.
Conclusão
O treinamento combinado com aeróbico fracionado (G3) gerou grande efeito hipotensor pós-exercício ao longo das 24 sessões, sendo indicado para o público de idosas hipertensas. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos.