Efeito do Espelho na Oscilação Postural de Bailarinas
Por Paula Hentschel Lobo da Costa (Autor), Isabella de Oliveira Freguglia (Autor), érica Maria Corrêa (Autor), Marcus Fraga Vieira (Autor).
Resumo
Este estudo objetivou investigar os efeitos do uso do espelho na oscilação postural estáti-ca de praticantes experientes de ballet. Uma plataforma de força foi usada e as seguintes variáveis do comportamento do centro de pressão foram calculadas: raiz quadrática média da oscilação corporal e velocidades médias de oscilação nas direções anteroposterior e mediolateral. Participaram voluntariamente do estudo 14 bailarinas experientes e 14 jo-vens fisicamente ativas não-bailarinas, com idade média de 23 anos. Foram realizadas três tentativas em apoio bipodal por 30 s nas condições visuais: olhos abertos, olhos fechados e de frente para um espelho. A contribuição da informação visual para a correção postural foi estimada pelo coeficiente de Romberg, calculado com as velocidades médias de osci-lação do centro de pressão. Valores maiores para as velocidades médias de oscilação do centro de pressão na direção médio-lateral foram encontrados para o grupo “ballet” na condição de “olhos abertos” (2.00 ± 0.93 cm/s, p = .02), de “olhos fechados” (3.36 ± 1.51 cm/s, p < .01), assim como na condição de frente para o espelho (1.79 ± 0.89 cm/s, p = .01). Adicionalmente, os coeficientes de Romberg não foram diferentes entre os grupos e foram maiores na condição “espelho” do que na condição “olhos abertos” em ambas as direções. Em conclusão, as bailarinas demandaram maior atividade postural para realizar as corre-ções necessárias e usaram a informação visual do espelho da mesma maneira que as não--bailarinas. Além disso, o uso do espelho não favoreceu a redução da oscilação postural.