Efeito do Exercício com Banda Elástica Sobre a Lesão Muscular e as Respostas Inflamatórias em Atletas de Taekwondo
Por Keivan Gadruni (Autor), Hemn Mohammadpour (Autor), Mohammad Gadruni (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 4, 2015. Da página 297 a 302
Resumo
introdução: As bandas elásticas oferecem resistência elástica (RE) variável em toda a amplitude de movimento, e sua incorporação aos movimentos de exercício tem sido utilizada para fins variáveis de treinamento de força e de reabilitação. Objetivo: Investigar o efeito de ciclos agudos de exercício progressivo com banda elástica sobre os danos e respostas inflamatórias dos músculos em atletas de Taekwondo ( TKD), em comparação com os indivíduos não treinados. Métodos: Catorze ( TKD, n=7 e não treinados, n=7) homens realizaram três conjuntos de exercício elástico com resistência progressiva. Foram coletadas amostras de sangue antes, imediatamente após e 24 horas depois do exercício. Procederam-se às seguintes análises: dor muscular de início tardio (DMIT ), atividade da creatina quinase (CK) e da lactato desidrogenase (LDH), contagem total de leucócitos, interleucina-6 e proteína C reativa (CRP). Resultados: Só a DMIT aumentou no grupo não treinado, mas a elevação desse parâmetro foi constatada em ambos os grupos ( TKD e não treinados) 24 horas depois do exercício (p < 0,05). A atividade da CK e da LDH aumentou significantemente nos dois grupos. Além disso, o grupo TKD só apresentou elevação da CK 24 horas depois do exercício (p < 0,05). As contagens totais de leucócitos circulantes aumentaram imediatamente nas experiências pós-exercício e caíram nas experiências às 24 horas em ambos os grupos (p < 0,05). A IL-6 sérica aumentou de imediato nos dois grupos e 24 horas depois dos exercícios, mas não se constatou diferença significante entre as experiências imediatas e depois de 24 horas no grupo TKD. Além disso, a CRP aumentou apenas 24 horas após o exercício nos dois grupos (p < 0.05). Conclusão: O exercício progressivo com banda elástica induziu danos musculares e inflamação nos atletas de TKD, tendo porém, alterações menores em comparação com o grupo não treinado e com outras formas de exercício.