Resumo

1 INTRODUÇÃO
As pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), ou seja, que possuem o sorodiagnóstico da AIDS, são acometidas por exaustão e declínio da funcionalidade física, proveniente da perda muscular e acúmulo de gordura causada pelos efeitos adversos dos medicamentos antirretrovirais, que causam prejuízos a aptidão física, que está relacionada as capacidades musculares para realização de esforços físicos (RASO et al., 2013). Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento combinado na força muscular de pessoas vivendo com HIV/ Aids.

2 METODOLOGIA 
O Estudo é de caráter experimental com amostra composta por 11 Pessoas vivendo com HIV/Aids, sob terapia antirretroviral com número célula TCD4 > 500 mm3 e liberação médica. Foram avaliados a força de membros superiores e inferiores por dinamômetro isocinético, antes e após a intervenção com treinamento combinado e periodização ondulatória por 15 semanas. Após a análise de normalidade dos dados pelo teste de Shapiro Wilk foi utilizado teste Wilcoxon para avaliar diferença após treinamento. 

3 RESULTADOS
Houve um aumento significativo da força de preensão manual do braço dominante, o qual no período do pré treinamento obteve o valor de 35,3 (26,37 - 42,1) já no período de pós treinamento o valor aumentou para 39,2 (19,8 - 54,9). Assim como na força da flexão e extensão da perna dominante, que obteve a variação nos valores, respectivamente, no pré treinamento de 12,9 (10,0 – 16,8) e 37,4 (29,0 – 40,7) para 18,5 (10-7 – 25,1) e 42,0 (29,3 – 59,6) no período de pós treinamento. Com isso, notou-se um aumento nas diferentes forças musculares com o auxílio do treinamento combinado. 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O programa de treinamento combinado produziu resultados positivos na capacidade física força de membros inferiores e superiores, mostrando ser um parâmetro importante na melhora da capacidade funcional de PVHA e na prevenção de doenças hipocinéticas. Diante dessa conclusão, sugere-se que o exercício físico seja priorizado no cotidiano desses indivíduos para a manutenção de sua saúde, pois o mesmo, apresenta-se como terapia coadjuvante que auxilia diretamente no funcionamento geral do corpo, melhora a qualidade de vida, e principalmente, minimiza os efeitos adversos dos atuais tratamentos para HIV (ACSM, 2004).

5 REFERÊNCIAS
ACSM, A. C. O. S. M. Pesquisas do ACSM para a fisiologia do exercício clínico: afecções muscoesqueléticas, neuromusculares, neoplásicas, imunológicas e hematológicas. Guanabara Koogan, 2004. ISBN 8527708841. 
NETO, M.G.; CONCEIÇÃO, C.S.; CARVALHO, V.O.; BRITES, C. Effects of Combined Aerobic and Resistance Exercise on Exercise Capacity, Muscle Strength and Quality of Life in HIV-Infected Patients: A Systematic Review and Meta-Analysis. PloS one. 2015;10(9):e0138066.
PRESTES, J.D.; TIBANA, R.A.; TEIXEIRA, T.G.; VIEIRA, D.C.L.; TAJRA, V.; NAVALTA, J.W. (2015). Understanding the individual responsiveness to resistance training periodization. Age, 37(3), 55.
RASO, V.; SHEPHARD R.J.; CASSEB, J.; DUARTE, A.J.S.; SILVA P.R.S.; GREVE J.M.D.A. Association between muscle strength and the cardiopulmonary status of individuals living with HIV/AIDS. Clinics. 2013;68(3):359-64.

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