Efeito do exercício físico calistênico na função musculoesquelética de estudantes universitários

Introdução: O problema do sedentarismo continua se agravando e os exercícios calistênicos representam uma alternativa de fácil aplicação, ótima relação custo-benefício e promovem adaptações multissistêmicas. Objetivo: investigar o efeito de um programa de exercícios físicos calistênicos na função musculo esquelética de estudantes universitários. A função neuromuscular foi avaliada através do teste de flexões de braços na barra fixa, flexões abdominais e salto horizontal. Método: pesquisa quase-experimental, sem grupo controle, que compara medidas de capacidades motoras antes a após 3 meses de treinamento com exercícios calistênicos, 2 vezes por semana, com sessões semanais de 50 minutos. Cada sessão foi composta por aquecimento de 15 minutos, 30 minutos do treino principal (aprendizado de técnicas), e 5 minutos de alongamentos ao final. , A amostra foi de conveniência, composta por estudantes de diferentes cursos de graduação matriculados na disciplina curricular optativa “Prática Desportiva” Modalidade ‘Calistenia”, ofertada pela Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília no segundo semestre letivo do ano de 2019, totalizando 15 homens e 21 mulheres entre 20 e 29 anos de idade. As diferenças entre pré e pós treinamento apresentaram uma distribuição normal dos dados, permitindo o uso do teste t pareado, adotando-se p<0,05. Os resultados mostraram melhoras significativas no desempenho médio em todos os testes físicos realizados após 3 meses de treinamento. O desempenho médio no teste de flexão de braços na barra fixa aumentou 36,5% nos homens e 108% nas mulheres, a capacidade de impulsão horizontal aumentou 5,0% nos homens e 14,6% nas mulheres, já a resistência muscular da região abdominal aumentou 27% nos homens e 49,2% nas mulheres. Conclusão: os resultados mostraram o potencial dos exercícios calistênicos como meio para melhorar a função musculoesquelética em universitários, revelando uma possível estratégia de política pública de saúde para a redução da taxa de sedentarismo.