Efeito do Exercício Físico Sobre a Saúde e Sobrecarga de Mães de Crianças e Adolescentes com Paralisia Cerebral
Por Moisés Rosa Batista (Autor), Jaqueline Pontes Batista (Autor), Jussara Caetano Furtado (Autor), Luiz Duarte de Ulhôa Rocha Junior (Autor), Eduardo Henrique Tavares (Autor), Ygor Nunes Araújo (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 22, n 3, 2016. Da página 222 a 227
Resumo
Introdução: A paralisia cerebral (PC) é considerada a incapacidade física mais comum na infância. Essa doença afeta profundamente a saúde e o bem-estar dos indivíduos acometidos e também pode influenciar múltiplos aspectos da vida de seus cuidadores, especialmente as mães. Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de exercício resistido sobre a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de mães de crianças e adolescentes com PC. Método: Vinte e duas mães sedentárias cuidadoras de crianças e adolescentes com PC, aptas à prática de exercício resistido, participaram de um programa de exercício resistido de intensidade moderada, em 2 sessões semanais durante 12 semanas. Todos os participantes responderam ao questionário de QVRS,short form Questionnaire (sf-36), à escala de sobrecarga caregiver burden s cale (CBS) e ao Inventário de Depressão de Beck (BDI) antes e após o programa de intervenção. Os escores dos questionários pré e pós-intervenção foram comparados pelo teste de Wilcoxon e a magnitude das diferenças foi medida pelo tamanho do efeito. Resultados: A mediana de idade das mães foi de 41 anos e variou de 18 a 58 anos. A mediana da idade das crianças/adolescentes foi de 14 anos, variando 3 a 21 anos. Após a intervenção foram encontrados aumentos significativos nos escores do SF-36 (p < 0,05), exceto nos domínios aspectos físicos e aspectos emocionais, que já obtiveram pontuação máxima pré-intervenção. Os escores do CBS e do BDI tiveram redução significativa pós-intervenção (p < 0,05). Conclusão: A prática regular de exercícios resistidos tem impacto positivo sobre a QVRS, a percepção de sobrecarga e a intensidade de sintomas depressivos de mães cuidadoras de crianças e adolescentes com PC.