Efeito do Exercício Sobre Interferon Gama, Gordura Corporal e Imc em Pacientes com Transplante Renal
Por Elham Shakoor (Autor), Mohsen Sales (Autor), Maryam Koushkie Jahrom (Autor), Hassan Sadeghi (Autor), Mohammad Hossein Karimi (Autor), Ashril Yusof (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 5, 2018. 4 Páginas. Da página 333 a 337
Resumo
Introdução: A função física deficiente e a obesidade são bem documentadas em pacientes com transplante renal. A atividade física regular resulta em benefícios significativos para a saúde, muitos dos quais são importantes para os pacientes com transplante de rim. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de 10 semanas de exercícios combinados sobre interferon gama (IFN-γ), percentual de gordura corporal (GC) e índice de massa corporal (IMC) nesses pacientes. Métodos: Em um estudo randomizado experimental controlado, 44 pacientes com transplante renal com idade entre 20 e 50 anos foram divididos em um grupo exercício (n = 23) e um grupo controle (n = 21). O grupo exercício participou em um programa de treinamento cumulativo por 10 semanas, três dias por semana, 60 a 90 minutos por dia, com 40% a 65% da frequência cardíaca de reserva prevista. Foram coletadas amostras de sangue venoso de 5 ml, assim como os parâmetros antropométricos dos indivíduos no início do programa e depois de 10 semanas. Resultados: O grupo exercício apresentou melhora do percentual de GC (31,80 ± 5,64 para 28,86 ± 5,82, p = 0,001) e do IMC (26,23 ± 1,81 para 25,45 ± 2,11, p = 0,001), mas não houve mudança significativa no nível de IFN-γ (0,06 ± 0,02 para 0,06 ± 0,02, p = 0,829). Houve diferença significativa entre os grupos controle e exercício no percentual de GC (p = 0,001) e no IMC (p = 0,001). Conclusão: A mensagem a ser lembrada é que a intervenção com exercícios combinados é de baixo custo e os aparelhos necessários são portáteis, e pode ser realizada em casa ou em centros de saúde pelos pacientes de transplante renal, visando reduzir o peso e o percentual de GC. Nível de Evidência I; Estudo clínico randomizado de alta qualidade com ou sem diferença estatisticamente significante, mas com intervalos de confiança estreitos.