Resumo

Durante o climatério, a queda do estrogênio afeta significativamente a função musculoesquelética, comprometendo a autonomia e a qualidade de vida das mulheres. Nesse contexto, o método Pilates surge como uma intervenção promissora para essa população, devido aos seus princípios e exercícios de fortalecimento muscular, equilíbrio e controle postural, características essenciais para o envelhecimento saudável. OBJETIVO: Analisar o efeito do Pilates na força muscular de mulheres mais velhas participantes de um programa de atividade física. MÉTODOS: Trata-se de um estudo com delineamento pré-experimental conduzido com 17 mulheres pós-menopausadas (59,10 ± 4,50 anos) participantes do Programa de Exercício Físico para a Saúde da Mulher (PROEM). O protocolo de exercícios consistiu em 24 sessões de 60 min, realizadas duas vezes por semana, na modalidade Mat Pilates. A progressão foi realizada por meio do aumento das repetições dos exercícios, executados sobre tapetes emborrachados, com o peso corporal e a gravidade como resistência. A força muscular foi avaliada por dinamômetro manual hidráulico nos momentos pré e pós-treinamento. Foram realizadas duas medidas no membro dominante, sendo considerada a maior para análise. Para comparação entre os momentos, utilizou-se o Teste t de Student pareado, após verificação da normalidade pelo Teste de Shapiro-Wilk, e o tamanho de efeito foi calculado pelo d de Cohen. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Após o treinamento, observou-se aumento significativo de 7% na força de preensão manual (pré: 24,20 ± 8,83 kgf; pós: 25,88 ± 5,90 kgf; t(16) = 2,485; p = 0,012), com tamanho de efeito moderado (d = 0,69). CONCLUSÃO: Embora os resultados indiquem melhora na força muscular após o protocolo de Mat Pilates, os achados devem ser interpretados com cautela devido à ausência de grupo controle. Estudos futuros, com delineamentos controlados e randomizados, são necessários para confirmar esses efeitos.

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