Resumo

A proposta do primeiro estudo foi investigar o efeito do treinamento físico periodizado ondulatório diário (TFPOD) comparado ao treinamento físico não periodizado (TFNP) sobre a composição corporal, perfil antropométrico, força muscular de membro inferior e capacidade funcional em pessoas vivendo com HIV (PVHIV). Foi recrutado 51 PVHIV, sedentárias, com carga viral indetectável e alocadas randomicamente nos grupos TFPOD (n= 17), TFNP (n=17) e grupo controle (CON; n=17). Os grupos TFPOD e TFNP realizaram intervenção com treinamento combinado por 12 semanas, sendo que, o grupo TFPOD variou o volume e intensidade dos exercícios diariamente, enquanto que o TFNP manteve o volume e intensidade constante durante todo o período de intervenção. O grupo CON foi instruído a não realizar exercícios físicos no mesmo período. Ambos os grupos intervenção (TFPOD e TFNP) reduziram a massa gorda, aumentaram a massa livre de gordura, força muscular de agachamento, melhoraram a capacidade funcional e medidas de circunferência corporal. O TFPOD foi superior ao TFNP nos ganhos de força de agachamento, medidas de circunferência do antebraço e coxa, VM3 e LS. Somente o TFNP apresentou aumento na circunferência da perna. O presente estudo demonstra que ambos protocolos são efetivos para melhorar parâmetros de força, composição corporal, medidas de circunferência e capacidade funcional. No entanto, o TFPOD se mostra mais eficiente nos ganhos de força, medidas de circunferência (coxa e antebraço) e capacidade funcional (VM3 e LS). O objetivo do segundo estudo foi investigar se o TFPOD poderia promover efeitos adicionais sobre o risco cardiovascular e marcadores inflamatórios comparado ao TFNP em PVHIV. Os grupos TFPOD e TFNP realizaram intervenção com treinamento combinado por 12 semanas, sendo que, o grupo TFPOD variou o volume e intensidade dos exercícios diariamente, enquanto que o TFNP manteve o volume e intensidade constante durante todo o período de intervenção. Houve aumento nas concentrações de IL-6 e redução de IL-10 no grupo CON. Houve redução dos níveis de TNF-α nos grupos TFPOD e TFNP e reduções dos níveis de PCR foram observadas somente no grupo TFPOD. Houve reduções do risco cardiovascular nos grupos TFPOD e TFNP. Além disso, o grupo TFPOD foi superior ao TFNP na redução do risco cardiovascular. Os resultados do presente estudo mostra o TFPOD como uma estratégia alternativa mais eficiente a curto prazo na redução do risco cardiovascular em PVHIV.

O trabalho não possui divulgação autorizada

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