Resumo

Introdução: O câncer de mama é um problema de saúde pública mundial, observado tanto em países de primeiro mundo quanto nos países emergentes. No progresso do tratamento oncológico, os pacientes apresentam maior exposição a fatores de risco cardiovasculares e à quimioterapia com potencial de cardiotoxicidade. Portanto, com o término da quimioterapia, podem ocorrer disfunções autonômicas e ventriculares, que podem levar a insuficiência cardíaca. Por outro lado, o exercício físico tem sido reconhecido por causar mudanças positivas na função autonômica cardíaca. Objetivo: Avaliar o efeito de quatro semanas de treinamento físico combinado na modulação autonômica em mulheres portadoras de câncer de mama. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 27 mulheres (9 pacientes controle (C), 9 pacientes com câncer (PC), e 9 pacientes com câncer treinadas (PCT), entre 30 e 59 anos. A capacidade cardiorrespiratória e a variabilidade da frequência cardíaca nos domínios do tempo e da frequência foram avaliadas antes e após quatro semanas de treinamento físico. O teste de Shapiro-Wilk avaliou a normalidade, resultando em heterocedasticidade de dados. Então, o teste de Mann-Whitney foi usado para a comparação dos grupos. Resultados: Foi verificado aumento do VO²máx(ml.kg.min-1) nos grupos PC e PCT quando comparados ao grupo C (Antes: C: 36 vs PC: 14 vs PCT: 16; Depois: C: 36 vs PC: 15 vs PCT: 19). O treinamento físico combinado foi eficaz em aumentar a atividade parassimpática e reduzir a atividade simpática avaliadas através da variabilidade da frequência cardíaca por análise simbólica, domínios do tempo e da frequência (Tabela 1). Conclusão: Apenas quatro semanas de treinamento físico combinado podem ser úteis para prevenir a disfunção autonômica em pacientes com câncer de mama.

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