Efeito do Treinamento Físico Sobre a Modulação Autonômica em Pacientes com Câncer de Mama
Por Alice Valeria Sousa Silva1 (Autor), Adeilson Serra Mendes Vieira (Autor), Carlan da Silva Sena (Autor), Rafael Durans Pereira (Autor), Jonivaldo Paixão Lopes (Autor), Jerdianny Silva Serejo (Autor), Janaína Oliveira Brito-monzani (Autor), Cristiano Teixeira Mostarda (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O câncer de mama é um problema de saúde pública mundial, observado tanto em países de primeiro mundo quanto nos países emergentes. No progresso do tratamento oncológico, os pacientes apresentam maior exposição a fatores de risco cardiovasculares e à quimioterapia com potencial de cardiotoxicidade. Portanto, com o término da quimioterapia, podem ocorrer disfunções autonômicas e ventriculares, que podem levar a insuficiência cardíaca. Por outro lado, o exercício físico tem sido reconhecido por causar mudanças positivas na função autonômica cardíaca. Objetivo: Avaliar o efeito de quatro semanas de treinamento físico combinado na modulação autonômica em mulheres portadoras de câncer de mama. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 27 mulheres (9 pacientes controle (C), 9 pacientes com câncer (PC), e 9 pacientes com câncer treinadas (PCT), entre 30 e 59 anos. A capacidade cardiorrespiratória e a variabilidade da frequência cardíaca nos domínios do tempo e da frequência foram avaliadas antes e após quatro semanas de treinamento físico. O teste de Shapiro-Wilk avaliou a normalidade, resultando em heterocedasticidade de dados. Então, o teste de Mann-Whitney foi usado para a comparação dos grupos. Resultados: Foi verificado aumento do VO²máx(ml.kg.min-1) nos grupos PC e PCT quando comparados ao grupo C (Antes: C: 36 vs PC: 14 vs PCT: 16; Depois: C: 36 vs PC: 15 vs PCT: 19). O treinamento físico combinado foi eficaz em aumentar a atividade parassimpática e reduzir a atividade simpática avaliadas através da variabilidade da frequência cardíaca por análise simbólica, domínios do tempo e da frequência (Tabela 1). Conclusão: Apenas quatro semanas de treinamento físico combinado podem ser úteis para prevenir a disfunção autonômica em pacientes com câncer de mama.