Resumo

Introdução: Os níveis pressóricos tendem a se elevar com o aumento da idade. Entretanto, essa elevação dos níveis pressóricos é ainda mais acentuada em mulheres do que em homens, além da redução da capacidade funcional ao longo do processo de envelhecimento. O treinamento funcional surge como alternativa por priorizar o desenvolvimento das funções e das diferentes capacidades físicas do indivíduo com a finalidade de promover eficiência no desempenho das atividades diárias, além de poder reduzir os níveis pressóricos. Objetivo: (Estudo 1) revisar sistematicamente na literatura o efeito do treinamento funcional sobre a capacidade funcional em idosos; (Estudo 2) analisar o efeito do treinamento funcional sobre respostas hemodinâmicas e capacidade funcional em mulheres hipertensas. Resultados: (Estudo 1) foi encontrado que o treinamento funcional provoca benefícios na capacidade funcional em idosos, como aumento de força nos membros inferiores e superiores, melhora na resistência cardiorrespiratória, aumento da flexibilidade de membros inferiores e superiores e melhora na mobilidade física; (Estudo 2) observou-se que após 12 semanas de treinamento funcional em ambos os grupos não houve alteração na pressão arterial sistólica (mmHg) [(TF): Pré = 130±3,3 e Pós = 129±3,5; p>0,05] [(GC): Pré = 126±3,7; Pós = 128 ± 4; p>0,05], pressão arterial diastólica (mmHg) [(TF): Pré = 79±2,4 e Pós = 79±1,6; p<0,05] [(GC): Pré = 76,4±2,7 e Pós = 78,3±1,8] e frequência cardíaca (bpm) [(TF): Pré = 64±2,5 e Pós = 64±2,5; p<0,05] [(GC): Pré = 67±2,6 e Pós = 67±2,5]. Enquanto na capacidade funcional, se observou melhora na flexibilidade de membros inferiores, mobilidade física e resistência cardiorrespiratória. Conclusão: (Estudo 1) O treinamento funcional promove melhora na capacidade funcional de idosos, sendo assim, proporciona maior independência nas atividades de vida diária dessa população. (Estudo 2) Concluiu-se que o grupo de mulheres hipertensas que realizou o treinamento funcional não obteve alterações crônicas na pressão arterial e frequência cardíaca. Contudo, apresentou melhora na capacidade funcional. Todavia, não manifestou diferenças em comparação ao grupo controle, provavelmente, devido à ausência no controle do nível de atividade física ao decorrer da intervenção, o que pode ter influenciado nos resultados.

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