Resumo

A pandemia de COVID-19 acarretou à efeitos negativos na qualidade do sono, como por exemplo, a maior frequência de interrupções do sono (IS), que é uma medida de distúrbios do sono. Para tanto, a prática do treinamento resistido (TR) parece proporcionar efeitos benéficos que podem amenizar ou reduzir prejuízos advindos da má qualidade do sono. OBJETIVO: Verificar o impacto do TR após pandemia de COVID-19 sobre a frequência de IS em mulheres idosas. MÉTODOS: Trinta e seis mulheres idosas (> 60 anos) participantes do Projeto Longitudinal Envelhecimento Ativo foram entrevistadas no início da pandemia no Brasil (março de 2020), após dois anos do início da pandemia (março de 2022) e após realizar 12 semanas de TR. As participantes foram submetidas a um programa de TR (três vezes por semana, oito exercícios para corpo inteiro, três séries, 10-15 repetições) durante 12 semanas. A frequência de IS foi avaliada a partir de um dos componentes do questionário Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Para a classificação de IS foi considerada a soma das frequências em que o sono foi interrompido durante a noite durante o último mês. RESULTADOS: A figura abaixo apresenta as frequências de IS. Diferenças significantes (P < 0,001) foram reveladas ao longo de dois anos de pandemia, indicando um crescimento na frequência de IS (4 ± 3 vs. 6 ± 5). Além disso, após a prática de TR, foram observadas reduções significantes na frequência de IS quando comparado ao momento após a pandemia (6 ± 5 vs 4 ± 3), retornando aos valores observados inicialmente.