Efeito do Treinamento Resistido na Força Muscular de Camundongos C57BL/6 com Caquexia Associada Ao Melanoma Cutâneo Experimental Singênico
Por Daiane Sayure Nakama (Autor), Ana Carolina Rodrigues da Silva (Autor), Magda Mendes Vieira (Autor), Renato Sobral Monteiro Junior (Autor), Vinicius Dias Rodrigues (Autor), Alfredo Maurício Batista de Paula (Autor).
Resumo
O melanoma cutâneo (MC) apresenta alto risco de metástase; por consequência desse prognostico negativo, pode ocorrer uma síndrome paraneoplásica conhecida como caquexia. O impacto da caquexia na aptidão física desses pacientes está relacionado principalmente no desequilíbrio metabólico, provocando a diminuição da força muscular. O objetivo do estudo foi analisar o efeito crônico de curto prazo do treinamento resistido no aumento da força muscular de camundongos C57Bl/6 com caquexia associada ao MC experimental. Foi realizado um modelo singênico de MC, com inoculação de 5x105células de MC murino B16-F10 na região subcutânea dorsal dos camundongos C57Bl/6. Os animais foram divididos em grupo controle (n=15) e grupo experimental (n=15). O grupo experimental realizou sessões de exercício resistido com uso de uma escada com 110 cm de altura, 18 cm de largura, 2 cm entre os degraus e 80 graus de inclinação. Foram realizadas seis séries de oito repetições com 90 segundos de intervalo entre as séries. O treinamento foi realizado antes (7 dias antes) e após (15 dias depois) a inoculação. A mensuração da força muscular (FM) relativa e absoluta das quatro patas foi realizada por meio de um medidor de força de tração muscular (Marca Bonther). A avaliação inicial da FM ocorreu 8 dias (antes) e 16 dias (após ) da inoculação. O teste t de Student independente foi realizado para comparar a diferença pós - pré (delta) da variável dependente e o nível de significância foi estabelecido em p ≤ 0,05. Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa e bem-estar animal da Universidade Estadual de Montes Claros (parecer 131/2017). Na FM absoluta o valor médio do delta foi -7,0 ± 13,7 e 14,8 ± 10,5 nos grupos controle e experimental, respectivamente (p=0,042). O treinamento resistido mostrou importante efeito no aumento significativo da FM absoluta, o que mostra uma perspectiva positiva para a continuidade das pesquisas com o objetivo de investigar o efeito do treinamento de força no câncer.