Efeito do treino com bandas elásticas no risco de queda, composição corporal e cognição em Idosos
Por Rafael Nogueira Rodrigues (Autor), Eduardo Carballeira (Autor), Juan Lopes Sanchez-Sánchez (Autor), Alvaro Casas Herrero (Autor), Guilherme Eustaquio Furtado (Autor), Ana Maria Teixeira (Autor).
Em XIX Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A inatividade física poderá potenciar a perda no desempenho e massa muscular, levando a um aumento do número e do risco de quedas na população idosa. Ainda assim, é aceite que programas regulares de exercício podem beneficiar os idosos, prevenindo e reduzindo a velocidade da perda muscular e da evolução do declínio cognitivo e das comorbidades relacionadas com o envelhecimento, contribuindo e, possivelmente, diminuindo o risco de quedas. No entanto, o processo de risco de queda envolve múltiplas causas, pelo que deve ser feita uma avaliação multifatorial. Objetivo: investigar os efeitos de uma intervenção de treino-destreino de 24 semanas com base no treino de resistência com bandas elásticas (EBRT) no risco de queda e no estado cognitivo em idosos com comprometimento cognitivo leve. Métodos: Os participantes (≥70 anos) foram divididos em dois grupos: i) grupo EBRT (n = 20) e grupo controlo (sem tratamento, n = 22). Perfil cognitivo, composição corporal, potência muscular e triagem multifatorial de risco de queda foram avaliados concomitantemente em três períodos de tempo diferentes: baseline (T1), após 16 semanas de intervenção (T2) e após as oito semanas subsequentes (destreino/washout, T3). Resultados: No baseline, foram encontradas correlações significativas entre potência muscular, massa livre de gordura e estado cognitivo com 3 avaliações de risco de queda, tornando-os bons preditores/indicadores de risco de queda. Melhoria da força muscular, composição corporal, perfil cognitivo e status de risco de queda foram encontrados para o EBRTG após o período de intervenção de exercício. Após a fase de destreino, também foram observados efeitos protetores do exercício. Conclusão: No geral, o estudo mostrou que o EBRT desencadeou alterações significativas na avaliação do risco de queda dos participantes, melhorando a potência muscular, a composição corporal e o estado cognitivo, o que pode proporcionar independência e maior qualidade de vida a essa população.