Efeito do Treino de Marcha com Suporte Parcial de Peso Sobre o Risco de Quedas e Mobilidade de Pacientes com Doença de Parkinson: Estudo Piloto
Por M. P. Cursino (Autor), P. A. Yamada (Autor), D. F. S. Raquel (Autor), C. Z. Hallal (Autor), F. R. Faganello-navega (Autor).
Resumo
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que acarreta distúrbios do movimento. As alterações da marcha e no equilíbrio são um dos mais incapacitantes sintomas da DP e podem levar ao aumento do risco de quedas resultando em lesões e afetando a independência e a interação social. O treino de marcha em esteira, além de ser acessível na maioria das clínicas de fisioterapia, associado ao suporte parcial de peso (SPP) tem sido considerado uma abordagem terapêutica promissora para a deambulação de Parkinsonianos, já que está relacionado com a melhora da mobilidade e, segundo alguns estudos, também com o equilíbrio. O objetivo desse estudo foi analisar os efeitos do treino de marcha com suporte parcial de peso em esteira sobre o risco de quedas e mobilidade de pacientes com doença de Parkinson. Comitê de Ética em Pesquisa (0967/2014). Participaram do estudo oito indivíduos de ambos os gêneros, com média de idade 65.25 (±13.42), e diagnóstico de DP idiopática, classificados nos estágios de I a III da escala de Hoehn Yahr. Foram divididos igualmente em dois grupos: grupo de treinamento com SPP (GTSPP) e grupo controle (GC). No primeiro dia, todos realizaram o "Timed up and go" (TUG), a seleção da velocidade de preferência da marcha em solo no teste de caminhada de 10m, a velocidade de preferência em esteira e foram familiarizados com os procedimentos do treino, que foi realizado três vezes por semana, por 30 minutos, durante seis semanas consecutivas. No segundo dia, o GTSPP realizou a marcha em esteira com 20% de SPP em velocidade de preferência pré-determinada para cada voluntário. O GC realizou os mesmos procedimentos que o GTSPP, porém sem o suporte de peso associado. A velocidade de preferência foi reavaliada a cada duas semanas e assim era reajustada a velocidade do treino. O tempo médio e desvio padrão inicial e final do TUG para o grupo GTSPP foram respectivamente 11.657 (±2.486), 10.992 (±1.326) e para o GC 18.262 (±7.924), 15.847 (±5.335). Ambos os grupos apresentaram tendência de melhora no tempo de realização do TUG, sugerindo que o treino de marcha em esteira com e sem SPP pode melhorar mobilidade e diminuir o risco de quedas. Tal fato será confirmado, ou não, com a realização completa do estudo. Conclui-se que o treino de marcha com o SPP em esteira para a amostra apresentou tendência de melhora no tempo de execução do TUG de indivíduos com DP