Resumo

Os avanços no cuidado ao paciente crítico têm permitido maior sobrevida à indivíduos internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Entretanto, muitos pacientes experimentam longos períodos de internação e imobilismo, contribuindo para acentuado declínio funcional, aumento dos custos assistenciais, redução da qualidade de vida e aparecimento de deficiências físicas que podem perdurar por até cinco anos após o internamento na UTI. A implementação de protocolos de mobilização precoce é uma das principais alternativas para auxiliar na redução de complicações decorrentes do internamento neste ambiente hospitalar e alguns dispositivos, como o cicloergômetro vêm sendo desenvolvidos e utilizados para auxiliar no processo de reabilitação deste doente. Conduto, a literatura ainda apresenta resultados controversos em relação ao efeito do uso do cicloergômetro sobre a morfologia muscular, força muscular e funcionalidade de pacientes críticos. Diante disso, levantou-se o questionamento se o cicloergômetro é uma ferramenta eficaz para preservar aspectos musculares e funcionais do doente crítico. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi analisar as evidências científicas disponíveis acerca dos efeitos desta intervenção nos desfechos supracitados. Para isso, uma revisão sistemática foi realizada a fim de verificar e sintetizar, através da análise de ensaios clínicos randomizados e controlados, quais os benefícios do uso do cicloergômetro como ferramenta de reabilitação para o paciente dentro da UTI.

Acessar