Efeito dos Exercícios de Fortalecimento, de Marcha e de Equilíbrio no Tratamento de Osteoartrite de Joelho
Por Eloá Ferreira Yamada (Autor), Felipe Alves Müller (Autor), Lilian Pinto Teixeira (Autor), Morgana Duarte da Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 26, n 3, 2018. Da página 1 a 9
Resumo
Introdução: A osteoartrite (OA) é uma doença reumática, degenerativa e progressiva que atinge as articulações sinoviais. Indivíduos com OA apresentam dor, rigidez articular matinal, sinais inflamatórios, crepitações, hipotrofia muscular e limitações na amplitude de movimento. A fisioterapia utiliza de recursos terapêuticos, como exercícios, para reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo com OA. Objetivo: Este trabalho teve por finalidade verificar o efeito da associação de exercícios de fortalecimento, de marcha e de equilíbrio sobre a dor, a amplitude de movimento, o equilíbrio, a qualidade de vida e a capacidade funcional de indivíduos com OA de joelho. Método: Estudo clínico cego, no qual participaram 16 indivíduos com OA de joelho de ambos os gêneros e idade média de 61,38 ±16,10 anos. Os participantes realizaram 12 sessões de fisioterapia, realizando exercícios de fortalecimento, marcha e equilíbrio. Eles foram avaliados antes e após o tratamento, por meio da escala visual analógica de dor, do questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis (WOMAC), do questionário de qualidade de vida SF-36, da goniometria, teste Timed Up and Go, teste de caminhada rápida de 10 metros, Escala de equilíbrio de Berg e teste de Romberg. Resultados: Obteve-se diminuição da dor e, melhora da qualidade de vida nos domínios do questionário SF-36: aspectos funcionais, dor, estado geral de saúde e aspectos emocionais. O tratamento também proporcionou aumento da amplitude de movimento em flexão, melhorou o equilíbrio no teste de Romberg com os olhos fechados e funcionalidade nos domínios rigidez e aspecto funcional do questionário WOMAC. Conclusão: Os exercícios de fortalecimento, marcha e equilíbrio foram capazes de reduzir a dor, melhorar a amplitude de movimento, equilíbrio, funcionalidade e qualidade de vida de pacientes com OA de joelho.