Resumo

Objetivo:
Analisar o efeito dos níveis de flexibilidade na probabilidade de ocorrência dos processos de aumento de complexidade - modularização e adaptação - na aprendizagem motora.

Métodos e resultados:
61 sujeitos realizaram uma tarefa de rastreamento de um padrão luminoso seriado. O experimento contou da fase de estabilização (FE), teste de flexibilidade (TF) e fase de adaptação (FA). Na FE o sujeito teve que alcançar uma tentativa com respostas antecipatórias nos sensores 4-2-5-3-1, com intervalo entre estímulos (IEE) de 800ms. O TF constou da execução da mesma sequência por 10 tentativas com o IEE variando entre 600 à 800ms. Na FA o sujeito teve que alcançar uma tentativa com respostas antecipatórias na sequência 6-4-2-5-3-1. Para classificar o nível de flexibilidade foram considerados o somatório de respostas antecipatórias e o somatório de respostas corretas durante o TF. Para a caracterização do processo envolvido no aumento de complexidade foi verificada a presença de uma tentativa com a sequência inicialmente aprendida com respostas antecipatórias ao longo das 10 primeiras tentativas da FA. Foi utilizada a análise de regressão logística com o nível de flexibilidade como variável preditora e os processos de aumento de complexidade como dependente. O nível de flexibilidade apresentado a partir do somatório de respostas corretas mostrou-se determinante do processo de modularização – não ocorrendo nenhuma modularização no grupo de menor flexibilidade.

Conclusão:
Com base nesses resultados entende-se que a flexibilidade foi determinante na utilização dos processos de aumento de complexidade na aprendizagem motora.