Resumo

Embora protocolos tradicionais de treinamento de força promovam inúmeros benefícios morfológicos e neuromusculares, o treinamento funcional ser uma boa alternativa para a melhoria do desempenho em atividades da vida diária em idosos. OBJETIVO: Comparar o efeito de 12 semanas de treinamento funcional vs. treinamento tradicional sobre a força, potência muscular e qualidade do movimento em mulheres idosas. MÉTODOS: Trinta e sete idosas fisicamente independentes (65,3 ± 4,5 anos; 29,6 ± 5,2 kg/m² ) foram aleatoriamente alocadas em dois grupos: Treinamento Funcional (TF; n = 21; exercícios integrados específicos para atividades da vida diária) e Treinamento Tradicional (TT; n = 16; exercícios analíticos em máquinas de musculação). Os grupos realizaram oito exercícios em duas séries de 8-12 RM, com frequência de três sessões semanais. Para a avaliação da força dinâmica máxima (FDM) foi utilizado o teste de 1-RM nas máquinas de supino, leg press e remada. Para análise da potência muscular (PM) foi utilizado 50% de 1-RM com a velocidade sendo determinada por meio de um encoder linear conectado a unidade central de um programa integrado de análise de dados (Musclelab® , Ergotest Innovation, Porsgrunn, Norway). A qualidade de movimento (QM) foi avaliada utilizando o Functional Movement Screen. Os dados foram analisados a partir de uma ANOVA para medidas repetidas, seguida pelo teste post hoc de Bonferroni. RESULTADOS: Ao final das 12 semanas de intervenção, diferenças estatisticamente significantes foram encontradas entre os grupos na QM (TF = 27,2% vs TT = 8,3%; P = 0,04). Por outro lado, nenhuma diferença entre os grupos foi identificada para os demais testes (P > 0,05), embora o TF tenha promovido melhoria significante na FDM (supino = +40,8%; leg press = +23,3% e remada = 21,1%) e na PM (supino = +20,9%; leg press = +16,5% e remada = +11,5%). De forma relativamente similar, o TT também resultou em ganho de FDM (supino = +36%; leg press = +24,5% e remada = +24,5%), e na PM (supino = 22,6%; leg press = 18,2% e remada = 16,4%). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o TF pode ser mais eficiente do que o TT para a melhoria da qualidade de movimento, embora ambos sejam igualmente eficientes para a melhoria da força e potência muscular em idosas.

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