Resumo

Data: 21/03/2014
 

Introdução: O esporte praticado por pessoas com deficiência vem crescendo nos últimos anos. Consequentemente, avanços nos métodos de avaliação e treinamento têm surgido. Porém, o esporte paralímpico segue a reboque destes avanços, com poucos estudos específicos que considerem a deficiência como fator interveniente. A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica que vem se mostrando capaz de modular a função cerebral. Estudos mostram efeitos benéficos da ETCC sobre a força muscular, fadiga e potência durante exercício. Entretanto, até o presente momento não temos conhecimento de algum estudo que investigou o efeito da ETCC sobre o controle do movimento, tampouco em praticantes de para-halterofilismo. Objetivo: Investigar o efeito da ETCC sobre o controle do movimento em para-halterofilistas. Metodologia: Oito sujeitos foram submetidos a duas sessões de captura de movimentos, sendo aplicado previamente as sessões ETCC anódica ou sham no cerebelo. Foram realizados três movimentos com carga crescente entre 90-95% de 1RM. Os movimentos foram gravados por um sistema com 10 câmeras infravermelho, obtendo-se a reconstrução da trajetória 3D de marcadores colocados na barra. Resultados: Houveram mudanças entre as condições anódica e sham, sobre os desníveis inicial, final, máximos durante a fase excêntrica e concêntrica e sobre a diferença entre o desnível inicial e final. Além disto, houve diferença no desnível final e durante a fase excêntrica ao comparar os atletas amputados e les autres. Conclusão: Os achados do presente estudo sugerem que a ETCC aplicada previamente ao exercício sobre o cerebelo em para-halterofilistas atua de forma diferenciada de acordo com os critérios de elegibilidade.