Resumo

O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito de um exercício físico de alta intensidade realizado até a exaustão sobre os tempos de reação auditiva (TRA), visual (TRV) e sobre a freqüência de vibração e fusão (FVF) usada como parâmetro de desenvolvimento da fadiga mental. Participaram 30 voluntários do sexo masculino, sendo 15 graduados em Educação Física pela UFMG compondo o grupo de controle (CO) e 15 corredores de velocidade e fundo dos clubes de atletismo de Belo Horizonte que compuseram o grupo experimental (EX). Foram avaliadas previamente a composição corporal através do método de dobras cutâneas e calculada a estimativa da gordura percentual (G%) pela equação de Parizkova e Buzkova (1971), e a capacidade aeróbia máxima (VO2 máximo) estimada em ml/Kg.min através do protocolo de Bruce (1974) para os dois grupos e calculada a potência correspondente a 85% do V02 máximo individual do grupo experimental para a realização de um exercício até a exaustão nessa intensidade. As características dos grupos estudados são as seguintes: grupo CO, idade 23,60 1,84 anos, G% 12,55 3,06%, V02 máximo 56,84 5,31 ml/Kg.min e para o grupo EX, idade 24,26 6,48 anos, G% 8,65 5,51%, V02 máximo 69,92 5,35 ml/ Kg.min. Os grupos foram pareados e compareceram para a realização dos testes que constaram de medida do tempo de reação visual, tempo de reação auditiva e freqüência de vibração e fusão. Os testes foram realizados antes e após o exercício a 85% do V02 máximo na esteira rolante para o grupo experimental e antes e após um intervalo de 10 minutos para o grupo controle. A análise dos resultados pelo teste de Wilcoxon não mostrou diferenças no tempo de reação auditivo e tempo de reação visual da situação antes para pós-exercício porém, mostrou um aumento de 7,04% (p< 0,05) na FVF da situação pré para pós-exercício, situação oposta a que ocorreria em caso de fadiga mental. Concluímos que o exercício a 85% do V02 máximo estimado individual até a exaustão não alterou os tempos de reação auditivo e visual, mas causou uma maior ativação do sistema nervoso central (SNC) evidenciada pelo aumento da FVF após a exaustão. Esse aumento da FVF sugere que não houve fadiga mental.

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