Resumo

Este estudo analisou os efeitos do treinamento resistido durante oito semanas, associado à suplementação com creatina ou glutamina na potência anaeróbia. Trinta e dois voluntários masculinos (21,7 ± 2,9 anos) foram aleatoriamente distribuídos em três grupos: placebo (PLA, n=10), glutamina (GLN, n=11) e creatina (CRE, n=11). Um design experimental duplo cego placebo controlado foi utilizado para analizar diferenças entre os grupos. O teste anaeróbico de Wingate em cicloergômetro foi aplicado antes (PRÉ) e depois (PóS) do treinamento para obter as seguintes variáveis: potência máxima (PM), potência média (PMed), e o índice de fadiga (IF). O treinamento resistido envolveu quatro séries de 10 repetições com carga máxima em quatro sessões semanais. A dosagem dos suplementos foi de 0,3g(kg.dia) -1 (três vezes ao dia) na primeira semana e 0,03 g(kg.dia) -1 (dose única diária) para as sete semanas seguintes. O teste “t” pareado comparou as medidas PRÉ e PóS-treinamento e ANCOVA analisou as diferenças entre os grupos. PM diminuiu somente no grupo PLA (P<0,05). PMed diminui em todos os grupos (PLA e CRE, P<0,01; GLN, P<0,05) e a IF aumentou no grupo PLA. Não foram observadas diferenças entre os grupos. Os resultados não confirmam a idéia de que o aumento da quantidade de glutamina ou creatina poderia melhorar a performance através da redução da acidose metabólica muscular. Concluiu-se que o treinamento resistido com suplementação de creatina ou glutamina não afetou a potência anaeróbia.
 

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