Resumo

O objetivo do estudo foi comparar a diferença no número de repetições após exercícios realizados com diferentes intervalos de recuperação e analisar o comportamento cardiovascular pós-esforço. A amostra foi composta de 10 homens (23 ± 2 anos) fisicamente ativos. Foi realizado o teste de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios supino horizontal, agachamento na barra guiada, rosca bíceps e mesa flexora, seguido de três sessões de treinamento resistido, com intervalos de recuperação de 1 min, 2 min e autossugerido. Foram realizadas três séries de repetições máximas até exaustão com 75% de 1RM. As variáveis cardiovasculares foram mensuradas em repouso e durante 30 min após o esforço. Observa-se que no intervalo autossugerido, o qual apresentou tempo médio (155±37 segundos) de descanso semelhante ao intervalo de 2 min, foram realizadas mais repetições comparadas ao intervalo de 1 min, porém não se diferenciou do intervalo de 2 min. Não houve diferença para a PAS e para o componente HF entre os intervalos, porém, houve HPE para a PAD após 10 min de recuperação em todos os intervalos, com maior duração no intervalo de 2 min. Após 30 min de recuperação observou-se aumento no componente LF para o intervalo de 2 min e aumento na razão LF/HF após 10, 20 e 30 min de recuperação nos intervalos de 1 e 2 min, demonstrando uma possível predominância da ação simpática. Porém, o intervalo autossugerido não apresentou alterações nos componentes da variabilidade da frequência cardíaca. Dessa forma, o descanso de pelo menos 2 min entre as séries pode ser interessante para proporcionar mais repetições e reduzir o efeito simpático pós-exercício.

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