Resumo

A percepção subjetiva de esforço (PSE) é uma ferramenta importante para regular a intensidade do exercício físico. Estudos mostram forte associação entre o desempenho físico e as respostas da PSE. Dentre os diversos fatores que influenciam tanto a PSE como o desempenho, estão os aspectos de natureza psicológica. Ainda, as respostas frente ao exercício físico podem se diferir conforme a faixa etária. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito da manipulação do feedback da PSE esperada na PSE e no desempenho físico de adultos de diferentes faixas etárias. Foram recrutados 12 adultos jovens (23,5 ± 3,6 anos), e 12 idosos (69,8 ± 5,3 anos) para realizarem cinco sessões de teste de caminhada em esteira ergométrica. A primeira sessão consistiu de um teste incremental para determinação do limiar ventilatório (LV) dos participantes. As demais sessões (referência, deflacionamento, controle e inflacionamento) consistiram de um teste de carga contínua (intensidade do LV) durante os primeiros 30 minutos, seguido de uma carga incremental (aumento da inclinação) até a exaustão dos participantes. Na sessão de referência os participantes reportaram sua PSE (PSE de referência) através da escala de Borg (6-20) a cada três minutos (carga constante) e a cada minuto (carga incremental). As demais sessões de testes foram divididas em sessão deflacionamento, sessão controle e sessão inflacionamento, em ordem randomizada. Nestas sessões, a PSE dos participantes foi reportada pelo pesquisador a cada três minutos durante a carga constante. O valor reportado pelo pesquisador foi menor, equivalente ou maior em relação à PSE de referência para as sessões deflacionamento, controle e inflacionamento, respectivamente. Os participantes poderiam concordar com o valor reportado, ou estimar outro valor de PSE. Na carga incremental, os participantes estimaram sua própria PSE a cada minuto. Foram realizadas medidas...
 

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