Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar e comparar os efeitos de quatro diferentes tipos de treinamento aeróbio sobre parâmetros relacionados à aptidão aeróbia e a força muscular . Trinta e quatro sujeitos fisicamente ativos, do sexo masculino e feminino, foram randomicamente divididos em quarto grupos de treinamento intervalado (TI): alta intensidade (AI, n = 9), baixa intensidade com restrição de fluxo sanguíneo (RFS, n = 9), baixa intensidade (BI, n = 6) ou combinado AI e RFS na mesma sessão de treinamento (AI + RFS, n =10). Os sujeitos realizaram, antes e após quatro semanas de treinamento: 1) testes progressivos até a exaustão para a determinação do início do acúmulo de lactato sanguíne o (OBLA) , do consumo máximo de oxigênio (VO 2max ) e da potência máxima (P max); 2) testes de carga constante até a exaustão voluntária (Tlim) nas intensidades de 95 e110% da P max para determinação da Potência Crítica (PC);3) Três testes de carga constante na intensidade de 30% da P max, para determinação da constante de tempo da cinética do consumo de oxigênio (); 4) determinação da força isométrica máxima dos músculos extensores do joelho. Durante o período de 4 semanas todos os grupos realizaram 12 sessões de treino compostas por 2 séries de 5 repetições na primeira semana (com adição de 2 repetições a cada três sessões). Cada repetição teve duração de 2 min, intercaladas com 1 min de descanso passivo.O grupo BI e RFS realizaram o treinamento a 30% da P max, porém para o grupo RFS foi aplicada uma pressão externa (140-200mmHg) nos membros inferiores apenas durante o exercício. O grupo AI iniciou a repetição a 110% da P max e reduziu 5% a cada 30 seg. O grupo AI +
RFS realizou uma séria semelhante ao grupo AI e a outra igual ao grupo RFS. Apesar do tempo(MCKENNA et al.) das sessões serem iguais para todos os grupos, o trabalho total e a frequência cardíaca foram diferentes entre os grupos AI (4424 kJ e 96 %FC max), A I + RFS (2583 kJ e 84%FC max) e RFS (1300 kJ 70 %FCmax). Os resultados demonstram que os parâmetros aeróbios (VO2max, Pmax, PC, OBLA e cinética do VO2) obtiveram melhoras percentuais significantes e com magnitude semelhante após 4 semanas de treinamento para os grupos AI (10; 15;20; 25 e34%, respectivamente), AI + RFS (5; 11; 16; 22 e 28%,respectivamente) e RFS (5; 11; 15; 22 e 20%, respectivamente). Porém apenas o grupo RFS foi eficiente em melhorar (10%) concomitantemente a força isométrica máxima. Assim, podemos concluir que o treinamento com RFS foi superior aos demais treinos pelo fato de melhorar concomitantemente as variáveis aeróbias e a força isométrica máxima.

 

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